Titulares in Memoriam

Abraham Alcaim

Posse: 2013

Falecimento: 2023

Ocupou a Cadeira: 01

Patrono: Aarão Leal de Carvalho Reis

Engenharia e arte caminharam juntas na vida do Acadêmico Abraham Alcaim. Ph.D em engenharia elétrica pelo Imperial College of Science and Technology, University of London, professor titular (aposentado) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), dividiu seu tempo entre orientações de teses de doutorado e a pintura a óleo ou acrílico sobre tela e papel – estilo abstrato.

Graduado em engenharia elétrica pela PUC-Rio, onde fez também o mestrado na área de processamento de voz, o engenheiro trabalhou como cientista visitante do Centro Científico Rio da IBM Brasil e do Centre National d’Études des Télécommunications (CNET – França). Foi assessor técnico científico da Faperj e consultor da Capes. Como professor da PUC-Rio criou a cadeira de processamento de imagens. Publicou artigos científicos nessa área e em processamento de voz, e é co-autor dos livros “Fundamentos do Processamento de Sinais de Voz e Imagem” e “Princípios de Comunicações”.

No início de 2013, o Acad. Abraham fez um curso de Pintura a Óleo sobre Tela e passou a destinar parte do seu tempo ao novo hobby que aos poucos ficou mais sério. Como artista plástico expôs em várias galerias virtuais e na Mostra PUC-Rio, entre outros.

Acher Mossé

Posse: 2013

Falecimento: 2023

Formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), em 1963, Acad. Acher Mossé atuou como professor da COPPE-UFRJ, onde criou e coordenou a COPPETEC-UFRJ em 1970. “Como coordenador da COPPETEC tive a oportunidade de participar de projetos junto a empresas e ao governo. Essa oportunidade enriqueceu meu conhecimento e minhas aulas. Muitas vezes, o professor tem conhecimento acadêmico, mas carece de informações da prática industrial. A carreira acadêmica está baseada em ter títulos, com isso a atividade do professor fica restrita à própria universidade. É preciso manter contato com o mundo exterior. Essa vivência possibilita fazer uma ponte entre a engenharia e o currículo”, defende o Acad. Mossé.

A carreira do engenheiro começou na Companhia Siderúrgica Nacional, onde ficou por sete meses. Deixou a empresa e foi para os Estados Unidos, onde fez mestrado e doutorado na Universidade de Houston, em Houston, Texas.

O professor atuou como diretor técnico no Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), do Grupo Eletrobrás, um dos melhores da América do Sul, onde permaneceu por 21 anos.

Adriano Murgel Branco

Posse: 2012

Falecimento: 2018

Nasceu no dia 15 de novembro de 1931, filho de Plinio Antonio Branco e Maria Murgel Branco. Em 1956, iniciou suas atividades na Prefeitura Municipal de São Paulo como estudante assistente. Em 1957, aos 26 anos, iniciou seu cargo de professor na Escola de Engenharia Marckenzie. Em 1960 iniciou atividades administrativas na Coplan, onde ficou até 1967. Ainda em 1960, começou a trabalhar na área de Consultoria. Participou do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). Em 1963 Adriano deu início às suas atividades de diretor do Grupo Trol S.A. onde ficou por 10 anos; em 1964 assumiu uma cadeira de professor na Escola de Engenharia Mauá. Em 1977 encerrou sua atividade de professor titular na Escola de Engenharia Mauá, permanecendo, entretanto, como diretor do Centro de Cursos Especiais de Administração, precursor da Faculdade de Administração do mesmo Instituto Mauá de Tecnologia.

Em 1972 publicou sua primeira monografia intitulada “Acidentes Rodoviários – Sinalização e Segurança”. Neste ano, participou como conferencista na International Road Federation, uma reunião das organizações rodoviárias. Em 1973 passou a trabalhar como diretor na Coferraço S.A., e nesse ano recebeu, pelo exercício da atividade e o processo de regulamentação em curso, o diploma de administrador.

Em 1975 publicou “Normatização Brasileira de Defensas Rodoviárias”. Nesse ano deixou seu cargo de diretor na Coferraço S.A. e iniciou atividades administrativas como diretor da SETRA S.A., empresa que criou, especializada em segurança rodoviária. Em 1977 deixou a SETRA S.A. e começou seu trabalho como diretor de Trólebus, da CMTC – Cia Municipal de Transportes Coletivos no período, quando ficou responsável pela modernização e ampliação daquele sistema de transporte público. Em 1978, Adriano lançou as seguintes monografias: “Trólebus e as Tendências Modernas dos Transportes Coletivos sobre Pneumáticos” e “Transporte Urbano por Trólebus”. Em 1979 terminou o seu mandato na CMTC. Em 1983 passou a ser membro do Conselho de Administração da Vasp e membro do Conselho de Administração da CMTC. Em 1986, como secretário estadual de Transportes de São Paulo, tornou-se coordenador do Fórum Nacional dos Secretários Estaduais dos Transportes.

Em 1987 passou a ocupar o cargo de Secretário de Estado da Habitação, em São Paulo, quando passou a ocupar o cargo de presidente do Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Habitação. Em 1990 lançou monografia “Concessão dos Serviços de Utilidade Pública”. E em 1992 entrou na CAIO S.A., em Botucatu, no cargo de diretor, onde ficou até 1994. Em 1995 passou a atuar como membro do Conselho de Administração da DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S.A. , e do Conselho de Administração do Metrô – Companhia do Metropolitano de São Paulo e membro do Conselho de Administração da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitano.

Em 2006, lançou a monografia “O Financiamento de Obras e de S Dallari, e ano seguinte publicou a monografia “Desenvolvimento. Em 2012 passou a ser membro titular da Academia Nacional de Engenharia.

Alberto dos Santos Franco

Posse: 1991

Falecimento: 2011

Cadeira: 9

Patrono: Alix Corrêa Lemos

Nasceu no Rio de Janeiro, em 5 de dezembro de 1913. Filho de Luiz de Araújo Franco e de Adelina dos Santos Franco, cursou o secundário no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e tornou-se Oficial da Marinha na Escola Naval em 1933. Participou dos esforços de guerra da Marinha do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial.

Posteriormente, especializou-se em estudos relacionados aos fenômenos das marés. Foi promovido a vice-almirante em 1961. Obteve várias medalhas e foi agraciado com o título de Professor Emérito do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, em 1996, onde foi diretor no período de 1970-1974.

Desenvolveu métodos computacionais baseados nas técnicas de Transformada Rápida de Fourier para análise e previsão das marés. Em 1976, obteve o doutorado na Engenharia Naval da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo defendendo Tese sob o título “Componentes Harmônicas de Marés em Pequenos Fundos”. Em sua vida acadêmica, publicou cerca de 70 trabalhos científicos.

Em 2005, indicado pela MB com a aprovação unânime da comunidade científica brasileira, recebeu o distinto Prêmio Fundação Conrado Wessel (FCW) de Ciência e Cultura, no item Ciência Aplicada à Água, concedido a pesquisadores brasileiros. O Almirante Franco faleceu em São Paulo, em 4 de maio de 2011.

Albuíno Cunha Azeredo

Posse: 1991 Falecimento: 2018 Cadeira: 51 Patrono: Saturnino Rodrigues de Brito Albuíno de Azeredo nasceu em Vila Velha no dia 21 de janeiro de 1945, filho de Albuíno Ferreira de Azeredo e de Normília Cunha de Azeredo. Negro e de origem humilde, foi vendedor ambulante, quitandeiro, peão de pedreira e jogador de futebol no Atlético de Vitória. Mais tarde, trabalhou no Departamento de Água e Esgoto do Espírito Santo. Concluído o curso de engenharia na Universidade Federal do Espírito Santo, transferiu-se para o Rio de Janeiro e cursou informática e administração de empresas na Pontifícia Universidade Católica (1968-1969).

Ingressou na Companhia Vale do Rio Doce a convite de do dirigente da estatal, Eliezer Batista, onde exerceu os cargos de engenheiro de via permanente, chefe da divisão de engenharia civil, coordenador de duplicação e sinalização da Estrada de Ferro Vitória-Minas, e diretor da subsidiária Intervale S.A. Em 1977 fundou a sua própria empresa, a Engenharia e Estudos Ferroviários, que viria a ter escritórios em cinco estados do Brasil, além de uma representação em Londres, com faturamento mensal de um milhão de dólares.

Foi governador do Estado do Espírito Santo entre 1990 e 1994. Morreu no dia 16 de setembro de 2018, aos 73 anos.

Alysson Paolinelli

Posse: 1993

Falecimento: 2023

Cadeira: 114

Patrono: Joaquim Christiano Otoni

O Acadêmico Alysson Paolinelli nasceu na cidade mineira de Bambuí. Formou-se em engenharia agronômica pela Universidade Federal de Lavras (MG), se especializou no potencial da região do Cerrado para a produção agrícola. Foi ministro da Agricultura entre 1974 e 1979, período em que liderou uma revolução no mercado agrícola brasileiro.

No final da década de 60, foi um dos responsáveis pela criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa), promoveu a ocupação do Cerrado e implantou um programa de bolsas de estudos para estudantes brasileiros nos maiores centros de pesquisa do mundo. Tudo motivado pela crença de que não é possível gerar desenvolvimento sem investir em pesquisa, em ciência e em tecnologia.

A vida pública do Acad. Alysson Paolinelli começou em 1971, quando assumiu a secretaria de agricultura de Minas Gerais. A frente da pasta alçou o estado ao posto de maior produtor de café do Brasil. Entre 1974 e 1979 ocupou o ministério da Agricultura. Após deixar o órgão, ocupou a presidência do Banco do Estado de Minas e da Confederação Nacional da Agricultura. Foi eleito deputado federal em 1986 – fazendo parte da Assembleia Nacional Constituinte. Em 2006 recebeu o World Food Priz, prêmio equivalente ao Nobel da alimentação. Atualmente é presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtos de Milho (Abramilho) e um ativista da agricultura tropical. Morreu em 2023

Antônio Aureliano Chaves de Mendonça (Membro Fundador)

Posse: 1991

Falecimento: 2003

Cadeira: 189

Patrono: Roberto Cochrane Simmonsen

Engenheiro, professor e Político, Antônio Aureliano Chaves de Mendonça, nasceu em Três Pontas, Minas Gerais, em 13 de janeiro de 1929. Ingressou na política em 1958, elegendo-se suplente de deputado estadual pela UDN. Foi efetivado em 1961, na vaga de Gil Vilela, mas permaneceu no Legislativo por pouco tempo, renunciando ao mandato em outubro de 1962 para integrar a diretoria da Eletrobrás. Eleito deputado estadual na legislatura seguinte, integrou a linha ortodoxa do partido, conhecida como “Banda de Música”, ao lado de Carlos Lacerda, Afonso Arinos e Pedro Aleixo.

Em 1964, assumiu a secretaria de Educação de Minas no governo de José Magalhães Pinto e esteve entre os políticos que participaram do centro de articulação do movimento que depôs o Presidente Goulart, em 1964. Após a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (AI-2), em outubro de 1965, Aureliano se filiou à recém-criada Arena, pela qual se elegeu deputado federal em 1966. Dois anos depois, votou contra o pedido de licença de Governo para processar o deputado Márcio Moreira Alves (MDB-Guanabara), autor de um discurso considerado ofensivo às Forças Armadas.

Em 1970 reelegeu-se deputado federal e, em fins de 1974, foi nomeado governador de Minas Gerais pelo presidente Ernesto Geisel, provocando o afastamento de Magalhães Pinto, então senador.

Aureliano apoiou o presidente Geisel, em 1977, na crise provocada pelo então ministro do Exército, Sílvio Frota, demitido por tentar forçar sua própria candidatura à Presidência da República. No ano seguinte, foi escolhido vice-presidente do general João Baptista de Figueiredo. Foi ministro de Minas e Energia de 1985 a 1988. Faleceu em março de 2003.

Antônio Manoel da Siqueira Cavalcanti

Posse: 1996

Falecimento: 2009

Cadeira: 190

Patrono: Ruffino de Almeida Pizzarro

Página em construção.

Antônio Oliveira Santos

Posse: 1991

Falecimento: 2023

Ocupou a Cadeira: 127

Patrono: Patrono: José Maria da Silva Paranhos

Acadêmico Antônio Oliveira Santos era capixaba de Vitória, no Espírito Santo. Formado em Engenharia Civil e Elétrica pela antiga Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, hoje Escola Politécnica da UFRJ, Antonio Oliveira Santos começou sua carreira na Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda. Ocupou o cargo de diretor da Cia. de Ferro e Aço de Vitória e de superintendente da Estrada de Ferro Vitória/Minas, da Vale do Rio Doce.

Em 1956, iniciou suas atividades no ramo do comércio atacadista e varejista de materiais de construção. Em 1968, assumiu a presidência da Federação do Comércio do Estado do Espírito Santo. Atualmente, acumula atividades comerciais nos setores avícola e agrícola com atividades sindicais. Desde 1980 preside a Confederação Nacional do Comércio (CNC), além dos Conselhos Nacionais do Serviço Social do Comércio (SESC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).

Foi professor titular de Física da Universidade Federal do Espírito Santo. Com uma história profissional ligada a instituições que têm grande atuação na formação de profissionais, Acadêmico Antonio Oliveira Santos acredita que somente com uma educação de qualidade o Brasil conseguirá se desenvolver.

Exerceu ainda os cargos de membro do Conselho Monetário Nacional, de diretor técnico da Excelsa – Central Elétricas do Espírito Santo – e membro do Conselho de Administração da Aracruz Celulose S. A., dentre outras atividades.

O engenheiro participou de missões ao exterior, integrando comitivas chefiadas pelos Presidentes da República à França, Japão, China, Alemanha, Portugal, entre outras. Representou a CNC em comitivas chefiadas por Ministros de Estados ao Oriente Médio, China e Argélia.

Ao longo da carreira recebeu diversos títulos e comendas, como o Grau de Comendador, da Presidência da República e do Tribunal Superior do Trabalho, ambos em 1981; a Medalha do Mérito do Comercial de Pernambuco, em 1983, de Brasília, em 1985, e do Amazonas, em 1995; o Diploma Mérito Mauá, do Ministério dos Transportes, em 2006; o Grande-Colar do Mérito do Tribunal de Contas da União, em 2008; e a Medalha ao Mérito Legislativo da Câmara dos Deputados, em 2015; entre outros.

Antônio Sérgio Pizzarro Fragomeni

Posse: 2002

Falecimento: 2009

Cadeira: 6

Patrono: Alberto Santos Dumont

Nasceu no dia 22 de abril de 1946, no Rio de Janeiro. De ascendência italiana, seu pai seguiu a carreira militar, tornando-se general da Escola Superior de Guerra. Muitos de seus 11 irmãos seguiram carreira similar. Entrou no Colégio Militar e se graduou no IME-RJ (Instituto Militar de Engenharia).

Entra nos anos 60 na Petrobrás, no setor de engenharia de equipamentos. Ao longo dos anos 70 e 80 trabalha na Bacia de Campos e no CENPES. Foi à Londres duas vezes pela Petrobrás, a segunda vez no governo Collor. Trabalhou no gabinete de diversos diretores da Petrobrás. Na época da entrevista (2003) ainda não tinha se aposentado. É casado e tem quatro filhos.

Antônio Sérgio Pizzarro Fragomeni

Posse: 2002

Falecimento: 2009

Cadeira: 6

Patrono: Alberto Santos Dumont

Nasceu no dia 22 de abril de 1946, no Rio de Janeiro. De ascendência italiana, seu pai seguiu a carreira militar, tornando-se general da Escola Superior de Guerra. Muitos de seus 11 irmãos seguiram carreira similar. Entrou no Colégio Militar e se graduou no IME-RJ (Instituto Militar de Engenharia).

Entra nos anos 60 na Petrobrás, no setor de engenharia de equipamentos. Ao longo dos anos 70 e 80 trabalha na Bacia de Campos e no CENPES. Foi à Londres duas vezes pela Petrobrás, a segunda vez no governo Collor. Trabalhou no gabinete de diversos diretores da Petrobrás. Na época da entrevista (2003) ainda não tinha se aposentado. É casado e tem quatro filhos.

Antônio Sérgio Pizzarro Fragomeni

Posse: 2002

Falecimento: 2009

Cadeira: 6

Patrono: Alberto Santos Dumont

Nasceu no dia 22 de abril de 1946, no Rio de Janeiro. De ascendência italiana, seu pai seguiu a carreira militar, tornando-se general da Escola Superior de Guerra. Muitos de seus 11 irmãos seguiram carreira similar. Entrou no Colégio Militar e se graduou no IME-RJ (Instituto Militar de Engenharia).

Entra nos anos 60 na Petrobrás, no setor de engenharia de equipamentos. Ao longo dos anos 70 e 80 trabalha na Bacia de Campos e no CENPES. Foi à Londres duas vezes pela Petrobrás, a segunda vez no governo Collor. Trabalhou no gabinete de diversos diretores da Petrobrás. Na época da entrevista (2003) ainda não tinha se aposentado. É casado e tem quatro filhos.

####Archibald Joseph Macintyre

Posse: 1992

Falecimento: 2005

Cadeira: 24

Patrono: Antônio Pinto Rebouças

Atuou por anos como professor do Centro Técnico-Científico da PUC – RJ, do Instituto Militar de Engenharia (IME) e do Núcleo de Treinamento Tecnológico (NTT). Era professor inativo das Escolas de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Arno Oscar Markus

Posse: 1993

Falecimento: 2020

Cadeira: 101

Patrono: Honório Bicalho

Nasceu no Rio Grande do Sul em 1925. Cursou Engenharia Civil pela Escola de Engenharia da Universidade do Grande do Sul, em 1949. Fez especialização em Projetos de Transporte: Economic Development Institute do BIRD, Washington (U.S.A), em 1971.

Atuou como Engenheiro Extranumerário da Secretaria de Obras Públicas do Rio Grande do Sul, Engenheiro do Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais – DEPRC – com atribuição de exercer a administração e exploração Governo dos portos de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, concedidos ao governo do Rio Grande do Sul, e realizar estudos e melhoramentos das vias navegáveis do Estado, inclusive dos canais de acesso aos portos sob concessão.

Na qualidade de engenheiro do DEPRC, desempenhou as funções de: Chefe da Seção de Estudos e Projetos da Diretoria Técnica de Portos e Vias Navegáveis; Diretor da Diretoria de Portos e Vias Navegáveis; Assistente Técnico do Setor de Estudos do Gabinete de Estudos Hidroviários; Representante do DEPRC na Junta Regional de Estatísticas; Engenheiro Fiscal das obras de construção da barragem e eclusa de Bom Retiro, no rio Taquari; Presidente da Comissão para rever e pronunciar-se sobre o Projeto do Plano Hidroviário do Rio Grande do Sul.

Foi membro da Comissão do Plano Portuário Nacional, criada pelo Decreto n° 44 203, de 30 de julho de 1958, no Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais onde entre outras atribuições, atualizou os planos e programas relativos a portos e aquavias, elaborando o Plano Portuário Nacional. Na Comissão do Plano Portuário Nacional exerceu as seguintes funções: Secretário executivo da Comissão dos Planos de Expansão e Melhoramento dos portos de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre e do Plano Nacional de Expansão e Melhoramento das Vias Navegáveis.

Também atuou como Engenheiro do Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis – DNPVN – autarquia, criada pela Lei n° 4213, de 14.02.1963, em substituição ao Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais, onde desempenhou as funções de: Chefe do Gabinete do Diretor Geral, Diretor de Planejamento e Coordenação; integrante da Representação do Brasil na 1ª Reunião da Comissão Assessora de Transportes Da Associação Latino Americana, em Montividéo, Uruguai; Superintendente da Administração do Porto do Rio de Janeiro. Assessorou o Ministro da Viação e Obras Públicas na elaboração de projetos de alguns decretos.

Foi Consultor autônomo de Portos e Vias Navegáveis e atuou como Professor Auxiliar na Pontifícia da Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Foi conferencista do 1° Curso de Economia de Transporte promovido pela Fundação de Estudos do Mar, Rio de Janeiro.

Era Membro a Vie da PIANC – Permanent International Association of Navigation Congresses, com sede em Bruxelas, Bélgica, até o ano de 2000 e da Academia Nacional de Engenharia desde 1993. Faleceu em 11 de novembro de 2020.

Arturo J. Bignoli

Posse: 2001

Falecimento: 2018

Argentino, formou-se Engenheiro Civil com diploma de honra pela UBA. Desde 1944, ele lecionou e ocupou o cargo de Reitor da Faculdade de Ciências Físico-matemáticas e Engenharia da Pontifícia Universidade Católica Argentina. Foi membro da Academia Nacional de Ciências Exatas, Físicas e Naturais, da Academia Argentina de Engenharia, do Conselho de Engenharia da Sociedade Científica Argentina e do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica.

Junto com Alberto Fava e Arturo Guzmán, elaborou o novo Regulamento do Concreto Armado da Argentina. A sua obra como designer e construtor destaca-se pela gestão e construção de mais de 1.000.000 m² cobertos por uma estrutura pré-fabricada de betão armado.

Ary Marques Jones (Membro Fundador)

Posse: 1991

Falecimento: 2016

Cadeira: 28

Patrono: Ary Frederico Torres

Descendente de ingleses, Ary Jones cursou a graduação em Engenharia nos EUA e lá se tornou Mestre em Engenharia Industrial. Serviu à Marinha do Brasil, de 1938 a 1961, quando se aposentou, tendo sido condecorado herói de guerra por sua atuação na Segunda Guerra Mundial.

Em 1958, participou da fundação do então Instituto de Administração de Gerência (IAG) da PUC-Rio, atual Escola de Negócios da Universidade, e nele foi coordenador, e professor. Dirigente da Firjan por mais de duas décadas, com atuação no Conselho Empresarial de Tecnologia, Ary Jones ressaltou a importância do trabalho da instituição ao levar o desenvolvimento para o interior do estado. Ajudou também a criar a Fundação Getúlio Vargas em São Paulo e o Instituto de Psicologia Naval.

Muito atuante no desenvolvimento de projetos de planejamento em engenharia para entidades privadas e estatais, como engenheiro esteve sempre voltado para os aspectos da moderna engenharia. Atuou, por exemplo, na implementação de tecnologias de exploração de petróleo em águas profundas pela Petrobras, empresa na qual foi um dos responsáveis pelos primeiros estudos sobre a diversidade da matriz energética brasileira.

Ary Marques Jones continuou ligado à PUC-Rio mesmo após sair do IAG, em 1976, e foi membro do Conselho de Desenvolvimento da Universidade e do Conselho Fiscal da Fundação Padre Leonel Franca.

Fonte: http://nucleodememoria.vrac.puc-rio.br/perfil/saudade/ary-marques-jones-1921-2016

Arthur Cohen

Posse: 1993

Falecimento: 2022

Cadeira: 119

Patrono: John Reginald Cotrin

Nasceu em São Paulo (SP) em 1º de maio de 1925. Graduou-se engenheiro mecânico e eletricista pela Escola politécnica da Universidade de São Paulo (SP) em 1948. Em 1959, fez um curso de especialização na Advanced School of Electrical Utility Engineering, da Westinghouse Eletric Corporation (Pensilvânia, EUA), participando, em 1971, do “Management Development Program for Electric Utility Executives”, no Rensselear Polytechnic Institute, em Troy (Nova Iorque – EUA).

Ingressou na São Paulo Light Serviços de Eletricidade S.A, atual Eletropaulo em janeiro de 1949, como engenheiro estagiário, assumindo em junho de 1965, a chefia do Departamento de Planejamento e Engenharia da Região São Paulo da Light Serviços de Eletricidade S.A. Cinco anos depois passou a superintendente de Engenharia e Operação da região de São Paulo, tornando-se em fevereiro de 1972, superintendente de Planejamento do Sistema, e em 1973, diretor adjunto de Planejamento do Sistema e Tecnologia. De agosto de 1975 a maio de 1985 foi diretor de Operação da empresa.

No período compreendido entre julho de 1985 e fevereiro de 1991 foi consultor da diretoria técnica executiva da Itaipu Binacional. Em março de 1991, tornou-se sócio diretor da Interface Engenharia, Consultoria e Empreendimento Ltda. Membro do Instituto de Engenharia de São Paulo e do Institute of Electrical and Electronical Engineers (IEEE) desde janeiro de 1950, da Conférence Internationale des Grands Résseaux Électriques à Haute Tension (CIGRÉ), a partir de janeiro de 1965, foi presidente da Seção São Paulo do IEEE em 1972 e 1973, e do Conselho Brasileiro da mesma entidade no período de 1975-19756.

De 1972 a 1987 foi vice-presidente do Comitê Nacional Brasileiro da CIGRÉ e seu presidente de 1987 a 1991. Participou do Comitê Coordenador da Operação interligada (GCOI), exercendo a coordenação do Subcomitê de Estudos Elétricos de 1969 a 1971. Foi representante da Light no Grupo Coordenador para a Operação Interligada (GCOI) durante dez anos (1975 a 1985).

Augusto Carlos Vasconcelos

Posse: 1991

Falecimento: 2021

Cadeira: 170

Patrono: Nilo Amaral

Graduado em engenharia mecânica eletricista, em 1946, e engenharia civil, em 1948, ambas pela Escola Politécnica da USP, com especializações: tese de doutorado sobre modelos fotoelásticos, pela Alexander Von Humboldt Stiftung (Alemanha), em 1956. Trabalhou na no IPT, Escola Politécnica, Universidade Mackenzie, Protendit. Exerceu os seguintes cargos: professor assistente de “Cálculo Diferencial e Integral” e “Cálculo Vetorial”, na Poli-USP; e de Física I e II na FEI; professor da disciplina “Resistência dos Materiais, Estabilidade das Construções”, na Poli-USP.

No período compreendido entre julho de 1985 e fevereiro de 1991 foi consultor da diretoria técnica executiva da Itaipu Binacional. Em março de 1991, tornou-se sócio diretor da Interface Engenharia, Consultoria e Empreendimento Ltda. Membro do Instituto de Engenharia de São Paulo e do Institute of Electrical and Electronical Engineers (IEEE) desde janeiro de 1950, da Conférence Internationale des Grands Résseaux Électriques à Haute Tension (CIGRÉ), a partir de janeiro de 1965, foi presidente da Seção São Paulo do IEEE em 1972 e 1973, e do Conselho Brasileiro da mesma entidade no período de 1975-19756.

De 1972 a 1987 foi vice-presidente do Comitê Nacional Brasileiro da CIGRÉ e seu presidente de 1987 a 1991. Participou do Comitê Coordenador da Operação interligada (GCOI), exercendo a coordenação do Subcomitê de Estudos Elétricos de 1969 a 1971. Foi representante da Light no Grupo Coordenador para a Operação Interligada (GCOI) durante dez anos (1975 a 1985).

Bruno Contarini

Posse: 2012

Falecimento: 2021

Patrono: André Rebouças

O engenheiro civil Bruno Contarini tem contribuído para colocar a engenharia brasileira entre as melhores do mundo. Fora do país participou de projetos como a Universidade de Constantine, o Centro Cívico de Argel, na Argélia, e a Editora Mondadori de Milão, na Itália. No Brasil, atuou na construção da Ponte Rio-Niterói, do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), da Estação das Barcas Charitas, da Linha Amarela e da ampliação do Ministério das Relações Exteriores, entre outros projetos.

Graduado em Engenharia Civil pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil (atual UFRJ), com especialização em Arquitetura e cursos de extensão em pontes e grandes estruturas e portos de mar, rio e canais, Bruno Contarini é um nome de destaque na área de engenharia estrutural. Recebeu diversos títulos e homenagens e no final de 2014, foi agraciado com o 3° Prêmio Augusto Carlos de Vasconcelos, iniciativa da Abece e da T&A.

Sua carreira começou como engenheiro calculista da Stup (Sociedade Técnica de Utilização de Protensão). No final da década de 1950 foi para Brasília e conheceu o arquiteto Oscar Niemeyer, com quem trabalhou em diversos projetos. “Foram cerca de 40 obras. Niemeyer era um gênio do desenho. Criava formas lindas e de difícil execução, mas sempre dava um jeito”, diz o engenheiro, conhecido por encontrar soluções simples para os problemas que surgem. “Acredito que é importante ser objetivo.”

Na lista de projetos feitos em parceria com o arquiteto estão o Teatro e a Plataforma Rodoviária de Brasília, o Edifício da Universidade de Brasília (UnB), o Tribunal Superior de Justiça (STJ), o Supremo Tribunal Eleitoral (STE) e o Tribunal Regional Federal (TRF), além do MAC, entre outros.

Passou 18 anos trabalhando no exterior onde participou de projetos na França, Itália e Argélia. Durante uma década atuou como professor na PUC-Rio, atividade da qual se afastou por não ter feito mestrado. “O excesso de trabalho não permitiu”, conta.

O Acadêmico Bruno Contarini é também referência quando se fala em construção de pontes e viadutos. Além da Ponte Rio-Niterói, uma das maiores obras da engenharia nacional, também deixou sua marca nos projetos da ponte sobre o Rio Paraná, localizada na divisa entre os Estado de São Paulo e Mato Grosso, na ponte sobre o Rio Tocantins (MS) (Record Mundial), na ponte sobre o Rio Pelotas (RS) e outras.

Superintendente da BC Engenharia e Consultoria de empresas, Bruno Contarini diz que o Brasil dispõe de profissionais qualificados e precisa investir nos serviços de base para crescer. “Na última década nada foi feito. É preciso investir em infraestrutura, construção de estradas, melhoria de portos, construção de usinas para que possamos crescer”, afirma o especialista, ressaltando ainda que o país dispõe de profissionais competentes para realizar essas obras.

“Não precisa contratar ninguém de fora do país. Temos muita gente qualificada para fazer o serviço. O Brasil tem profissionais reconhecidos internacionalmente que podem fazer um ótimo trabalho. Basta ter vontade política para que isso ocorra”, avalia o Acadêmico Bruno Contarini.

Carmen Velasco Portinho

Posse: 1991

Falecimento: 2001

Cadeira: 45

Patrono: César de Sá Rabello

Engenheira e militante feminista brasileira nascida em Corumbá, Estado do Mato Grosso, a primeira mulher formada em Urbanismo no Brasil, ativista da organização do movimento sufragista, militando em prol da conquista da cidadania das mulheres e do reconhecimento profissional das mulheres.

Mudou-se para o Rio de Janeiro aos 4 anos de idade. Cursou engenharia, e ainda estudante, começou a dar aulas no Colégio Pedro II (1925), apesar de ser protagonista de um verdadeiro escândalo, ou seja, uma mulher ministrar aulas em um internato masculino.

Tornou-se (1926) na terceira mulher a se formar em engenheira no país e conquistou o título de urbanista (1939), após concluir curso de pós-graduação na extinta Universidade do Distrito Federal. Antes criara a criou a Associação Brasileira de Engenheiras e Arquitetas (1937) e começou a trabalhar na Diretoria de Obras e Viação da Prefeitura do Distrito Federal, onde, por ser mulher, passou por sérias discriminações para ser promovida.

Como técnica de engenharia na prefeitura do Distrito Federal, permaneceu até a aposentadoria (1959), chegando a diretora do Departamento de Habitação Popular do Distrito Federal. Pouco antes do fim da Segunda Guerra Mundial (1944) recebeu uma bolsa do Conselho Britânico para conhecer as experiências realizadas na Inglaterra sobre habitação popular junto às comissões de reconstrução e remodelação das cidades inglesas destruídas pela guerra, o que lhe abriu novos horizontes.

Ao fim da guerra viajou a Paris para encontrar-se com Le Corbusier no estúdio da Rue de Sèvres recém reaberto. De volta ao Brasil, tornou-se diretora do Departamento de Habitação Popular da Prefeitura do Distrito Federal (1947). Foi fundadora do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, participou de sua construção e foi sua diretora (1952-1967).

Foi assessora especial do Centro de Tecnologia e Ciência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Faleceu no Rio de Janeiro, aos 98 anos, no dia 25 de julho, vítima de falência múltipla dos órgãos. Pioneira, previu a construção de Brasília 20 anos antes de Juscelino Kubischek idealizá-la. Em defesa dos direitos das mulheres propunha a não adoção do nome do marido ao se casarem e atuou na Federação Brasileira pelo Progresso Feminino desde sua fundação.

Casimiro Montenegro Filho

Posse: 1994

Falecimento: 2000

O Marechal-do-Ar Casimiro Montenegro Filho (Fortaleza, 29 de outubro de 1904 — Petrópolis, 26 de fevereiro de 2000), filho de Casimiro Ribeiro Brasil Montenegro e de Maria Emília Pio Brasil, foi pioneiro do Correio Aéreo Militar (CAM) e criador do ITA e CTA. É patrono da Área de Engenharia da FAB e da Academia Nacional de Engenharia e um dos patronos do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica – INCAER.

Ingressou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, em 1923, sendo declarado Aspirante-a-Oficial do Exército em 1928, na primeira turma da Arma de Aviação Militar da Escola de Aviação Militar, que apenas se iniciava no Campo dos Afonsos.

Em 12 de junho de 1931, realizou o vôo inaugural do Correio Aéreo Militar (CAM), que veio a se tornar posteriormente o Correio Aéreo Nacional – CAN.

No posto de Major do Exército, frequentou a primeira turma do curso de Engenharia Aeronáutica na antiga Escola Técnica do Exército – EsTE, atual Instituto Militar de Engenharia – IME, onde se graduou em dezembro de 1941, ano em cujo início havia migrado para a Força Aérea Brasileira, no processo de criação do Ministério da Aeronáutica (atual Comando da Aeronáutica).

Em 1943, já como Tenente-Coronel, assumiu a subchefia da Diretoria de Material da Aeronáutica e a subdiretoria de Técnica Aeronáutica, ocasião em que foram concebidas e postas em prática as ideias que culminariam na criação do ITA e CTA.

Poucos anos depois, em 1947, ainda no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, deu início às atividades acadêmicas do ITA na sala 405-A da própria EsTE e, posteriormente, em instalações localizadas em prédios do Ministério da Aeronáutica, na Ponta do Calabouço, próximas ao Aeroporto Santos Dumont.

Caspar Erich Stemmer

Posse: 1991

Falecimento: 2012

Cadeira: 90

Patrono: Henrique Charles Morize

Filho de Caspar Henrique Stemmer e Wally Cordélia Stemmer.Casou com Helena Amélia Oehler Stemmer em 15 de maio de 1955.Foi diretor do Centro Tecnológico, chefe do Departamento de Engenharia Mecânica e reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), de 1976 a 1980. Foi fundador e presidente da Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (FEESC).

Foi ministro da Ciência e Tecnologia no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, de 20 de janeiro de 1994 a 1 de fevereiro de 1995.

Cidadão honorário de Florianópolis, título concedido em 1999. A Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina (Fapesc) criou o Prêmio Professor Caspar Erich Stemmer da Inovação em Santa Catarina em sua homenagem. Foi sepultado no Cemitério Jardim da Paz de Florianópolis.

Cirus Macedo Hakemberg (Membro Fundador)

Posse: 1991

Falecimento: 1998

Cadeira: 6

Patrono: Alberto Santos Dumont

Um dos responsáveis pela área de Termofluidodinâmica da COPPE ter começado a tomar forma, em 1965, quando defendeu a tese de mestrado sobre “Transferência de Calor em Bolhas”. Fez doutorado na Universidade da Flórida e quando voltou, montou o Laboratório de Termofluidodinâmica.

Exímio matemático, aplicava a matemática à transferência de calor. Integrou o Projeto Coares, uma iniciativa do Finep para estimular pesquisas sobre energia solar. Processos de combustão é outro tópico que despertava o seu interesse.

Integrante do grupo pioneiro do PEQ, Cirus fez na década de 1960 o registro acadêmico da COPPE, o que significou montar um conjunto de procedimentos para organizar o fluxo de informações de professores e alunos, estruturar o relacionamento das diversas comissões com a estrutura central, definir o funcionamento dos cursos etc.

Orientou mais de 27 testes de mestrado e cinco de doutorado. Foi também formador de professores de Engenharia Química. Em 1997 se aposentou e morreu em 2000.

Clara Perelberg Steinberg (Membro Fundador)

Posse: 1991

Falecimento: 2015

Cadeira: 9

Patrono: Edwiges Or’Neil

Engenheira Civil formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde também se especializou em engenharia industrial e econômica. Foi responsável pela construção de um centro comunitário na Rocinha, no Rio, de um centro cultural no Colégio Pedro II e pela recuperação da Oficina de Artes Maria Tereza Vieira, também no Rio, que oferece a crianças, jovens e adultos cursos de artes visuais, arte educação, música e cultura.

Aprovada em 1º lugar no vestibular da Escola Nacional de Engenharia – entre 400 candidatos, apenas cinco eram mulheres – foi uma das pioneiras na carreira. Cursou engenharia química e civil e teve seu primeiro emprego numa fábrica de tintas. Fundou em 1948, com o marido e também engenheiro Jacob Steinberg, a Servenco Serviços de Engenharia Continental.

Foi escolhida uma das 10 mulheres do ano na especialidade engenharia, em 1977, e recebeu o título de Cidadã Benemérita do Rio de Janeiro em 1982, sendo citada no livro Mulher – Cinco Séculos de Desenvolvimento na América, capítulo Brasil, e no dicionário Mulheres do Brasil – De 1500 até a Atualidade. Na Associação Comercial do Rio de Janeiro há mais de 30 anos, Clara tomou posse como diretora convocada, sempre caminhando de mãos dadas com o desenvolvimento econômico e social do Estado.

Em 1997, criou o Instituto Rogério Steinberg (www.irs.org.br) que já prestou mais de 20 mil atendimentos a crianças e jovens carentes da rede pública e de instituições beneficentes de ensino. Entre várias atividades, são oferecidas aulas de música, dança, informática, artesanato e desenho.

Com atuação marcante na Associação Promotora de Estudos de Economia (Apec), no Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio (Sinduscon-RJ) e na Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), quando na presidência da Servenpla S/A e Servenpla RDB S/A, foi fundadora e presidente do Conselho Deliberativo do Banco da Mulher.

Derek Herbert Lovell-Parker

Posse: 1993

Falecimento: 2006

Cadeira: 67

Patrono: Francisco Pereira Passos

Dirceu de Alencar Velloso (Membro Fundador)

Posse: 1991

Falecimento: 2005

Cadeira: 10

Patrono: Antônio José da Costa Nunes

Formou-se pela Escola Politécnica da UFRJ em 1954 e exerceu o magistério escola logo a seguir. Conquistou o título de Livre Docente em 1962 e alcançou o cargo de Professor Titular em 1993. Mesmo após aposentar-se, em 1997, não quis arredar pé do ensino de graduação e de pós-graduação. Em 2004, ministrou a disciplina Fundações pela última vez, completando 50 anos de ensino ininterruptos na COPPE. Orientou diversas teses de mestrado e doutorado. É autor de cerca de 50 trabalhos publicados em congressos ou revistas. Uma de suas publicações mais reconhecidas é o livro “Fundações”, adotado em diversos cursos de graduação e pós-graduação no Brasil.

Preferia ser reconhecido profissionalmente como Engenheiro de Fundações. Porém, sua cultura técnico-científica espraia-se pela Matemática. Bibliófilo apaixonado, sua biblioteca de Engenharia, com mais de dez mil volumes, foi doada à COPPE-UFRJ ainda em vida. O professor Dirceu foi, de 1955 a 1979, engenheiro da empresa Estacas Franki. Além disso, trabalhou na Promon Engenharia, de 1979 a 1992. Participou de um dos maiores projetos deste país.

Participou intensamente das atividades da ABMS, tendo exercido o presidente (1978-80). Recebeu o principal prêmio de nossa associação, o Prêmio Terzaghi recentemente o Prêmio Manuel Rocha (2004). Proferiu diversas palestras em congressos e eventos. Foi um dos criadores, em 1979, da Revista Solos e Rochas, tendo sido seu Editor por muitos anos. Participou de comissões de elaboração de normas técnicas da nossa especialidade.

Domingos Manfredi Naveiro

Posse: 2015

Falecimento: 2017

Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 1979, Domingos iniciou sua carreira na iniciativa privada, atuando por cinco anos na área de desenvolvimento de produtos de uma empresa multinacional. Em seguida, apaixonado pelo projeto de produtos, chegou a montar sua própria empresa no setor de móveis. Em 1987, ingressou como tecnologista no INT, na área de Desenho Industrial, que chefiou por 17 anos. Paralelamente realizou seu mestrado e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também foi professor do Curso de Desenho Industrial da PUC/Rio a partir de 2004.

Ao ser designado para o cargo de diretor do INT, em 2007, Domingos Naveiro iniciou uma gestão bastante agregadora, reunindo em sua diretoria quatro dos concorrentes ao mesmo mandato. O Instituto implementou então um processo de gestão estratégica orientada para resultados, aproveitando a consolidação no País de um ambiente propício à Inovação. Novas políticas públicas, com marcos legais importantes como a Lei da Inovação e Lei do Bem, além de crescentes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, abriram oportunidades para o INT, culminando com sua participação no projeto de implementação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Reconduzido à direção do INT em 2011, Domingos, ampliou as ações do Instituto em direção aos seus focos estratégicos e garantiu o credenciamento como unidade de serviços da Organização Social Embrapii, na área de Tecnologia Química Industrial.

Em 2015, após deixar a direção, já lutando altivamente contra a doença (mieloma múltiplo), permaneceu assessorando o atual diretor do Instituto, Fernando Rizzo, até junho de 2016, quando se aposentou. Na ocasião, Domingos Naveiro escreveu uma carta de despedida aos colegas do INT, onde dava o tom do seu comprometimento com a Instituição. Faleceu em março de 2017.

Donald Stewart Júnior

Posse: 1993

Falecimento: 1999

Cadeira: 68

Patrono: Edson Passos

Engenheiro civil, empresário, e ativista liberal brasileiro. Filho de canadenses, em 1983 fundou o Instituto Liberal. Após fundar o Instituto Liberal do Rio de Janeiro, mais sete instituições análogas foram criadas em seis estados e no Distrito Federal. Stewart entrou em contato com o liberalismo ao ler Mises e Hayek

Dono da construtora Ecisa, publicou artigos em inúmeros jornais e fundou ao todo seis institutos liberais em várias cidades. Era sócio e afiliado a diversas instituições internacionais, são elas: Sociedade Mont Pèlerin, CATO Institute, Heritage Foundation, Atlas Foundation, Fraser Institute, Liberty Fund e Institute of Economic Affairs. Foi um dos grandes expoentes do liberalismo no Brasil, hoje um prêmio leva seu nome. Faleceu em 1999, vitimado pelo câncer. O que é o liberalismo? é seu livro mais conhecido e vendido. Era apaixonado por hipismo e a música popular brasileira.[1]

Eudes de Souza Leão Pinto

Posse: 1993

Falecimento: 2018

Cadeira: 70

Patrono: Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha

Eudes de Souza Leão Pinto nasceu em 08 de julho de 1920, no Recife. Em 1937, foi o 1° colocado no vestibular de Agronomia. Foi nomeado Secretário de Estado de Agricultura, Indústria e Comércio no governo de Etelvino Lins, período no qual desenvolveu importantes atividades e projetos, tendo criado os seguintes serviços: Defesa do Solo, Defesa Fitossanitária com povilhamento e pulverização por avião; Criação da Companhia de Armazéns Geral e Silos (CAGEP); Apoio às Cooperativas e Associações Rurais, expandindo o Crédito Rural.

Recebeu o Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em virtude das suas ações científicas, técnicas, econômicas e sociais para o bem do Estado e da Nação, independentemente do cumprimento das ações docentes no âmbito dessa Universidade, bem como por haver honrado a profissão de Engenheiro Agrônomo e desempenhado com competência suas funções extra-universidade ao longo dos seus cerca de 70 anos de atividades profissionais.

Euro Brandão

Posse: 1996

Falecimento: 2000

Cadeira: 92

Patrono: Miguel Calmon Du Pin de Almeida

Nasceu em Curitiba no dia de 31 de dezembro de 1924, filho do professor Nilo Brandão e de Noêmia Santos Brandão. Cursou o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) de 1944 a 1945, alcançando a patente de segundo tenente da reserva, na arma de artilharia. Formado em engenharia pela Universidade do Paraná (UPR) em 1946, dois anos depois ingressou na Rede de Viação Paraná/Santa Catarina como chefe do escritório técnico da empresa. Em 1950 tornou-se professor-assistente da disciplina de grandes estruturas na Faculdade de Engenharia da UPR. Percorreria até o final as duas carreiras, especializando-se em estruturas metálicas, reforços de pontes e em via permanente rodoviária. Ainda em 1950, foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Curitiba, núcleo da futura Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Bacharel em filosofia em 1952 pela UFPR, foi cedido pela rede ao governo paranaense entre 1952 e 1953, para participar dos trabalhos de construção do Centro Cívico de Curitiba. Fez um estágio técnico nos Estados Unidos em 1957. Afastado temporariamente da Rede de Viação em 1963-1964, período em que montou seu próprio escritório de projetos de estruturas, nesse último ano voltou à empresa, da qual se tornou superintendente em 1966-1967. Ainda em 1967, desligou-se da RVPS em caráter definitivo e passou a ser professor da UPR em tempo integral.

Introdutor na UPR do estudo das estruturas metálicas de concreto protendido e da computação eletrônica aplicada à engenharia, foi fundador e primeiro diretor do Centro de Computação Eletrônica da universidade. Em 1970, alcançou a posição de professor titular. Secretário de Transportes entre 1973 e 1974, durante o governo Emílio Gomes (1973-1975), promoveu extenso programa de pavimentação e retomou a construção da Estrada de Ferro Central do Paraná, ligando Ponta Grossa a Apucarana. Essa linha foi concluída logo após sua saída da secretaria, ainda em 1974, para assumir a secretaria geral do Ministério da Educação e Cultura (MEC), em Brasília. Seguindo orientação do titular da pasta, o também paranaense Nei Braga, promoveu a implantação e o fortalecimento de programas voltados para o ensino fundamental e para o ensino médio, bem como deu início à presença do MEC no ensino pré-escolar.

Em março de 1978, foi indicado pelo ministro Nei Braga para sucedê-lo à frente da pasta. Na época da indicação, era candidato a reitor da UFPR. Confirmada a indicação no MEC, depois que Nei Braga se desincompatibilizou do cargo para concorrer por via indireta ao governo do Paraná, Euro solicitou ao Conselho Universitário da UFPR que o seu nome fosse retirado da lista que seria enviada ao presidente da República, general Ernesto Geisel, a fim de que este escolhesse o reitor.

Assumiu o ministério em maio de 1978. Em janeiro de 1979, prestes a passar o cargo para seu sucessor, em razão do fim do mandato do general Geisel, afirmou que deixava para quem o substituísse a revogação do Decreto nº 477. Deixou o MEC em março de 1979, sendo sucedido na pasta por Eduardo Portela.

Aposentado como engenheiro ferroviário e como professor titular da UFPR, Euro Brandão retornou a Curitiba para assumir, a convite do governador Nei Braga, a presidência do Banco de Desenvolvimento do Paraná, cargo que ocupou de 1979 a 1984. Retornou em 1983 ao magistério superior, passando a lecionar a disciplina programação de computadores na PUC-PR. Três anos depois, assumiu a reitoria dessa universidade, mantendo-se no cargo por três mandatos consecutivos, até janeiro de 1998. Faleceu em Curitiba no dia 31 de outubro de 2000.

Evandro Mirra de Paula Silva

Posse: 2011

Falecimento: 2018

Formado em Engenharia Mecânica e Elétrica pela UFMG em 1965. Iniciou seus trabalhos de pesquisa em 1963, como estagiário no Grupo do Tório, no Instituto de Pesquisas Radiativas em Minas Gerais. Fez parte da primeira turma do Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais no país, na COPPE, UFRJ (1967), tendo trabalhado com o Prof. David Baldwin em propriedades mecânicas de ligas superplásticas. Obteve o Doutorado em Ciências em 1972 na Universidade de Paris/Orsay, sob orientação do Prof. Paul Lacombe, trabalhando ainda na École des Mines de Paris e no Centre de Recherches Nucléaires de Saclay, sobre as evoluções estruturais e propriedades mecânicas dos metais hexagonais.

Ao retornar ao país integrou-se ao grupo que montou o Curso de Pós-Graduação em Metalurgia da UFMG, dedicando-se ao ensino, pesquisa e projetos cooperativos de desenvolvimento tecnológico com empresas. Em 1984 freqüentou o curso Management of Quality and Productivity de W. Edwards Deming, na George Washington University, USA, e fez parte da missão ao Japão que originou o primeiro programa brasileiro de Qualidade, da Fundação Cristiano Ottoni/UFMG. Em 1986 tornou-se Pró-Reitor de Pesquisa da UFMG, e presidiu o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação. Em 1988 foi Chairman do primeiro World Materials Congress, em Chicago, USA.

Entre 1990 e 1994 foi Vice-Reitor da UFMG. De 1994 a 1996 trabalhou na França em rede de pesquisa para caracterização e análise de superfícies em materiais, quando foi eleito Membre d´Honneur da Société Française de Métallurgie et de Matériaux. Em 1998 assumiu a Presidência do Centro Tecnológico de Minas Gerais – CETEC. Foi Presidente do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, entre 1999 e 2001. Responsável por diversos cursos de Ciência e Engenharia de Materiais, ministrou ainda cerca de 40 cursos em indústrias brasileiras sobre transformações de fase e tratamentos térmicos aplicados a processos industriais. Orientou 26 teses na Pós-Graduação e 50 alunos de Iniciação Científica. Desenvolve atividades de pesquisa em transformações de fase, interação gás-metal e engenharia de superfícies.

Seus principais trabalhos incluem: mecanismos de deformação de sistemas superplásticos; envelhecimento após deformação e comportamento mecânico; ligas inoxidáveis ao nióbio e titânio; estampabilidade com bake-hardening; ligas de titânio com memória de forma; aços elétricos e magnéticos; engenharia de superfícies (recobrimentos cerâmicos e poliméricos, resolução em profundidade). Estes trabalhos geraram uma centena de publicações científicas, patentes e diversos produtos e processos tecnológicos.

Realizou estágios em diferentes instituições no exterior, notadamente na Universidade da Califórnia, em Berkeley, na Universidade de Tóquio, no Japão e na Universidade de Tecnologia de Compiègne, na França. É membro de Comitês Editoriais das revistas científicas Science et Génie des Matériaux (França) e Matéria – Revista Virtual Latino Americana de Materiais. Consultor de C&T da OEA – Organização dos Estados Americanos, do MCT, MEC, CNPq, FINEP, FAPESP e FAPEMIG. Coordenou o Comitê da ALCUE para projetos cooperativos em ciência e tecnologia entre América Latina, Caribe e União Européia. Professor Emérito da UFMG, é hoje Presidente do CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos em Ciência, Tecnologia e Inovação. Faleceu em junho de 2018.

 

Fernando Luiz Lobo Barbosa Carneiro (Membro Fundador)

Posse: 1991

Falecimento: 2001

Cadeira: 12

Patrono: Emílio Baugarten

Engenheiro especializado em estruturas, Fernando Lobo Carneiro foi pesquisador do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) durante 33 anos. Um de seus trabalhos mais importantes é o ensaio que virou referência internacional na determinação da resistência dos concretos à tração dos ventos. Também desenvolveu um método de dosagem experimental de concretos, além de participar de construções como a do edifício da Faculdade de Arquitetura da UFRJ.

Sua produção acadêmica foi reconhecida e requisitada no exterior. Foi representante do INT no Comitê da International Organization for Standardization (ISO) e na União Internacional dos Laboratórios de Ensaios e Pesquisas sobre Estruturas e Materiais (RILEM). Atuou, ainda, como delegado brasileiro do Comitê Europeu do Concreto. Como professor da UFRJ, coordenou o contrato de cooperação entre a Universidade e a Petrobrás. É doutor honoris causa pela UFRJ, membro de honra da RILEM e pesquisador emérito do INT.

Também recebeu os prêmios Bernardo Houssay, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e Álvaro Alberto, concedido pelo CNPq. Carneiro nasceu em Minas Gerais, em 1913, e morreu no dia 15 de novembro de 2001.

Fernando Venâncio Filho

Posse:

Falecimento: 2012

Página em construção.

Flávio Henrique Lyra Silva

Posse: 1991

Falecimento: 2003

Cadeira: 38

Patrono: Carlos César de Oliveira Sampaio

Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1915. Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, em 1936. Concluiu sua pós-graduação em 1944, no Califórnia Institute of Technology – Caltec. Trabalhou como engenheiro na Empresa de Construção Civil Lyra da Silva Engenharia, e nas Oficinas Gerais da Aviação Naval do Ministério da Marinha, em 1937.

No mesmo ano, foi professor-assistente de Hidráulica, passando a professor-adjunto da disciplina de Aproveitamento de Energia Hidráulica, na Escola Politécnica da Universidade do Brasil, função que exerceu até aposentar-se. Além de membro da Junta de Consultores organizada pelo Banco Mundial e pelo Ministério de Recursos Hídricos e Energia Elétrica na China, e membro da Junta de Consultores para as usinas do rio Limay e Collon Curá, na Argentina.

Flávio Henrique Lyra também foi presidente do Comitê Brasileiro de Barragens – CBDB entre 24 de janeiro de 1962 a 17 de dezembro de 1976, representando o Brasil em várias reuniões internacionais, e foi vice-presidente, presidente e presidente de honra da Comissão Internacional de Grandes Barragens de 1964 a 1980. Também foi chefe da equipe de consultores que assessorou a Centrais Elétricas do Pará S.A. – Celpa; e presidente da Junta de Consultores Internacionais durante o projeto e a execução da Usina Itaipu Binacional.

Suas principais atividades de gestão foram na Cemig, atual Companhia Energética de Minas Gerais, atuando como diretor de 1951 a 1957; e na Central Elétrica de Furnas S.A., atual Furnas Centrais Elétricas S.A., onde foi fundador, diretor técnico e vice-presidente, no período de 1957 a 1974.

Fernando Olavo Franciss

Posse: 1991

Falecimento: 2022

Cadeira: 155

Patrono: Manuel Mendes da Rocha

Docteur Ingénieur pela Universidade de Grenoble em 1.970, o engenheiro civil Fernando Olavo Franciss, formado em 1.958 pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), licenciou-se em Geologia Aplicada pelo Laboratoire de Géologie de l ‘Université de Grenoble em 1.960, depois de concluir sua extensão universitária em Mecânica dos Solos.

Fernando Franciss iniciou sua carreira profissional com estagiário da Sondotécnica tendo exercido o cargo de Diretor de 1.980 a 1.991. Atualmente é sócio administrador da Progeo – Consultoria de Engenharia Ltda. Foi professor da PUC-Rio de 1.964 a 1.980, sendo um dos pioneiros dos seus cursos de pós-graduação. Escreveu livros técnicos sobre hidráulica de meios permeáveis, túneis em rochas brandas e hidráulica de rochas fraturadas, respectivamente, todos publicados pela CRC Press do Taylor & Francis Group.

Reconhecido há mais de 40 anos como especialista em geologia e geotécnica aplicada a obras civis e mineração, Fernando Franciss defende a necessidade urgente de fazer gestão de riscos no Brasil.

Segundo Franciss, as práticas de gestão de riscos em organizações de grande porte permaneceram limitadas e confinadas em apenas algumas das suas áreas operacionais sem as expandir por todos os seus estamentos gerenciais nem integrar todas as informações sobre riscos com o propósito específico de subsidiar decisões táticas e estratégicas. Contudo, no decorrer das duas últimas décadas, pressionadas pela ocorrência de riscos financeiros residuais inesperados cada vez mais graves, a alta direção das grandes corporações passou a considerar a gestão integrada de seus riscos tão importante quanto a gestão individualizada dos seus riscos operacionais e tão prioritária quanto suas demais atribuições.

– Além disso, a Gestão de Riscos é muito rentável, pois seus custos são largamente ultrapassados pelos ganhos financeiros decorrentes da sua aplicação em qualquer área – destaca o especialista.

Giulio Massarani

Posse: 1991

Falecimento: 2004

Cadeira: 177

Patrono: Otto de Alencar e Silva

Giulio Massarani (Roma, 16 de dezembro de 1937 — Curitiba, 28 de setembro de 2004) foi um professor de engenharia química ítalo-brasileiro e pioneiro, com Alberto Luís Galvão Coimbra, da criação da primeira pós-graduação em engenharia do Brasil, em 1963.

Filho do maestro italiano Renzo Massarani, veio para o Brasil com um ano de idade. Graduado em Engenharia Química e Química Industrial pela Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil, Massarani foi um dos primeiros professores do país a obter um título de mestre. Para isso, mudou-se para os Estados Unidos no início dos anos 1960 e tornou-se mestre pela Universidade de Houston em 1963. Mais do que obter um título, sua principal motivação era trazer para o Brasil o que de mais moderno havia no ensino e pesquisa em engenharia química.

O professor transmitia com entusiasmo a seus alunos o orgulho de ter participado, desde o primeiro dia, dos momentos que antecederam a criação do Instituto Alberto Luís Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), hoje um dos maiores centros de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina.

Giulio Massarani manteve-se entre os docentes mais produtivos do COPPE, sendo reconhecida a sua dedicação ao ensino, que contagiava alunos e colegas. Concluiu seu doutorado em 1971 na Universidade Paul Sabatier, em Toulouse, na França. Orientou 56 dissertações de mestrado e 26 teses de doutorado. Publicou mais de 200 trabalhos técnicos em revistas científicas, é autor de 20 livros e publicações didáticas. Formou doutores que criaram cursos de pós-graduação em vários estados do País. Seu trabalho teve grande repercussão nos cursos de engenharia química de muitas universidades brasileiras e também colaborava de forma permanente com instituições de ensino e pesquisa na França, Estados Unidos e Chile. Paralelamente às atividades de pós-graduação e pesquisa, o Professor Massarani sempre lecionou disciplinas de Cálculo para estudantes de graduação nos primeiros semestres. Era uma pessoa atenciosa, que ajudou a muitos, não só na resolução de problemas, mas na construção e recuperação de instrumentos científicos. A Universidade Federal do Rio de Janeiro, em homenagem à capacidade motivadora do Professor a jovens estudantes, criou a Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural, atualmente, um evento de grande impacto dentro da formação acadêmica no país. Além disso, uma das praças na Ilha do Fundão, próxima ao Centro de Tecnologia da UFRJ, recebeu o nome de Giulio Massarani.

Prêmios e condecorações: Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, concedido pelo Governo Federal; Medalha RILEM (Réunion Internationale des Laboratoires et Experts des Matériaux, systèmes de construction et ouvrages), Medalha Prof. João Cristóvão Cardoso, do Instituto de Química da UFRJ; e Prêmio Álvaro Alberto de Tecnologia, da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Também foi membro fundador da Academia Brasileira de Engenharia. Siga a ANE nas Redes Sociais

Henry Maksoud

Posse: 1991

Falecimento: 2014

Cadeira: 64

Patrono: Emilio Schnoor

Página em construção.

Hilmar Medeiros Silva

Posse: 1991

Falecimento: 2002

Cadeira: 56

Patrono: Dulcídio de Almeida Pereira

Hilmar Medeiros Silva foi professor de termodinâmica da Escola de Politécnica da UFRJ contratado em 1940. Hilmar realizou importantes estudos sobre comportamento de dielétricos.

Obras de engenharia relevantes:

Edifício Sede de FURNAS Centrais Elétricas (projeto da década de 60, onde desenvolveu, inclusive, o projeto dos difusores de ar em combinação com as luminárias);

Centro de Pesquisas da PETROBRAS-CENPES, onde o sistema de condicionamento de ar interagia com um intrincado sistema de exaustão de capelas; Planetário da Gávea.

Itamar Augusto Cautiero Franco

Posse: 2003

Falecimento: 2011

Página em construção.

Ivo Arzua Pereira

Posse: 1994

Falecimento: 2012

Cadeira: 186

Patrono: Plínio Alves Monteiro Tourinho

Página em construção.

Jacob Steinberg

Posse: 1993

Falecimento: 2013

Cadeira: 150

Patrono: Luiz Raphael Vieira SoutoTourinho

Nascido em 1924, o filho de imigrantes judeus teve, em casa, o exemplo para cultivar o empreendedorismo. Seu pai, Leão Steinberg, foi um bem-sucedido empresário de médio porte do ramo mobiliário em Vila Isabel. Sua mãe Clara, era a referência cultural: frequentemente, ela organizava reuniões literárias em casa.

Jacob estudou na Escola Nacional de Engenharia logo após concluir o secundário no Colégio Pedro II. Enquanto cursava a universidade, trabalhava como repórter num jornal popular e produzia cartazes publicitários pera lojistas. Ao final do curso, teve a chance de seguir carreira como funcionário público, no Ministério da Educação e Saúde. mas preferiu fundar a empresa ao lado da mulher.

Ao longo da carreira, Jacob Steinberg se tornou referência para o setor imobiliário. Por diversas vezes, foi vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), responsável pela área de construção civil. Também foi cofundador e diretor da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi).

Sob o comando de Jacob e Clara, a Servenco construiu mais de 250 edifícios, além de duas fábricas. A empresa se transformou ao longo do tempo. Em meio à crise inflacionária, não se sustentou atuando exclusivamente no mercado de construção civil. Em 1983, diversificou os negócios, entrando no segmento de shopping centers, com a construção do Rio Design Center, no Leblon.

Jacob Steinberg morreu em 2013, aos 89 anos.

Jaime Rotstein

Posse: 1991

Falecimento: 2019

Cadeira: 179

Patrono: Paulo de Frontin

O amor à pátria e à Engenharia foram o combustível que impulsionaram o engenheiro civil e de portos e telecomunicações Jaime Rotstein a construir uma carreira dedicada ao interesse público. Ainda estudante, Jaime mostrou preocupação com as questões políticas e sociais que afligiam o Brasil. Na busca por um país mais igual, participou de mobilizações sociais e discussões políticas.

Também preocupado com os interesses da Engenharia nacional, liderou no final da década de 60 a campanha de valorização do setor e publicou o livro “Em Defesa da Engenharia Brasileira”, que serviu de base para o decreto que fundamentou a categoria. “Percebia que a Engenharia nacional não era tratada com a seriedade que merecia. Tínhamos bons profissionais, mas sempre contratavam empresas estrangeiras para grandes projetos. Era preciso mudar essa realidade. O governo brasileiro não apoiava as empresas nacionais”, contou o engenheiro.

Empreendedor por natureza, Jaime Rotstein decidiu criar sua própria empresa e, em 1954, fundou a Sondotécnica, onde foi diretor-presidente. Com dedicação total de seu fundador, a empresa desenvolveu grandes projetos como o gerenciamento das obras da implantação da concessão rodoviária da Linha Amarela, no Rio de Janeiro, a expansão do Porto de Recife, em Pernambuco, o projeto da usina hidrelétrica de Chapecozinho, em Santa Catarina, e o projeto executivo da barragem Sanjuan, na República Dominicana, entre outros.

Referência no setor, Jaime recebeu várias medalhas e títulos. Foi diplomado pela Escola Superior de Guerra (ESG), foi membro da Comissão Nacional de Energia, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, da Academia Nacional de Agricultura e do Conselho de Administração da Petróleo Brasileiro S.A.(Petrobras) e da BR-Petrobras Distribuidora. Recebeu o diploma de Pioneiro no Álcool Carburante, pelo Instituto de Engenharia de SP e realizou diversas conferências.

Mas a Engenharia não foi o único interesse, de Jaime Rotstein que teve na leitura um de seus passatempos preferidos. “Leio de tudo um pouco, mas gosto de livros de História. É o que me apaixona e por isso sou amigo íntimo de Napoleão”, brincava o engenheiro, que ao longo de sua trajetória uniu a caminhada como cidadão e como engenheiro. “Qualquer brasileiro que tenha o privilégio de cursar o ensino superior tem o dever de levar a sério sua formação e sua responsabilidade em relação ao país que vive”, afirmava.

Jaime Lerner

Posse: 1993

Falecimento: 2021

Cadeira: 184

Patrono: Philuvio de Cerqueira Rodrigues

Engenheiro, arquiteto, urbanista e político. Formou-se no curso de engenharia civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1960. Recém-formado, recebue uma bolsa de estudos na França e estagiou no escritório de Georges Candilis (1913-1995), Alexis Josic (1921) e Shadrach Woods (1923-1973), integrantes do Team X1. Ao retornar ao Brasil, ingressou no Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR, formando-se em 1964 e assumindo, em 1975, a sua direção.

Participou da criação do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), em 1965. Foi responsável pelo desenvolvimento do Plano Preliminar de Urbanismo – mais conhecido como Plano Serete, por ser o nome da empresa que ganhou a concorrência pública com o projeto do arquiteto Jorge Wilheim (1928) – e por seu planejamento desde então. Foi eleito presidente do departamento paranaense do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/PR), em 1970, que lhe concedeu anos depois o Colar de Ouro pelo conjunto de sua obra. Em 1971, venceu as eleições para a prefeitura de Curitiba, reassumindo o cargo em 1979 e 1989. Em 1994, foi eleito governador do Paraná, sendo reeleito em 1998. Durante o segundo mandato, tornou-se presidente da União Internacional dos Arquitetos (UIA), cargo que ocupou de 2002 a 2005. Em 2003 criou o escritório Jaime Lerner Arquitetos Associados e lançou o livro Acupuntura Urbana, no qual conceitua seu trabalho. É membro honorário do Instituto Americano de Arquitetos (AIA) e do Instituto Real de Arquitetos Britânicos (RIBA).

Jayme Bloch

Posse: 1992

Falecimento: 2007

Jayme Mason

Posse: 1991

Falecimento: 2020

Cadeira: 100

Patrono: Ivo Wolf

Engenheiro catarinense. Filho mais velho do ex-prefeito de Orleans, publicou diversos livros técnicos de cálculos estruturais, sobre humanismo e literatura. Autodidata em diversos idiomas, se dedicou a estudar os aspectos da vida e obra dos grandes autores Russos.

Traduziu também as obras do italiano Dante Alighieri.

Jerzy Zbigniew Leopold Lepecki (Membro Fundador)

Posse: 1991

Falecimento: julho 2023

Cadeira: 142

Patrono: Lucas Nogueira Garcez

O Acad. Jerzy Lepecki chegou ao Brasil em 1939, aos 10 anos de idade. Veio com a família em busca de uma nova vida longe da guerra. Inicialmente, os Lepecki foram para Curitiba (PR) onde havia uma grande concentração de imigrantes poloneses e depois para Belo Horizonte (MG), onde a família reconstruiu a vida. Na capital mineira se formou em Engenharia Civil pela UFMG e iniciou a carreira de engenheiro como estagiário das Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig).

Ao sair da companhia, Acad. Lepecki fundou uma empresa de construção de redes de distribuição e outra de projetos de instalações de energia elétrica em alta tensão. Mais tarde trabalhou nas Centrais Elétricas do Pará (Celpa), onde exerceu os cargos de Diretor Técnico e Presidente. Posteriormente, assumiu, em sequência, as funções de Diretor de Operações, Diretor Técnico e Membro do Conselho das Centrais Elétricas de São Paulo (Cesp). Em 1973, ingressou na Eletrobrás. Na empresa foi um dos fundadores e Diretor Geral do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), onde ficou até 1991, quando se aposentou.

Fora das atividades puramente profissionais, engenheiro Acad. Lepecki atuou em organizações técnicas nacionais e internacionais. Em particular teve bastante atuação no CIGRÉ – Conseil International de Grands Reseaux Electriques, instituição internacional com sede em Paris. Foi presidente do Comitê Nacional Brasileiro do CIGRÉ e posteriormente presidente do CIGRÉ internacional. Publicou também vários artigos técnicos em revistas nacionais e internacionais.

Recebeu diversas condecorações como Fellow do Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), Membro Honorário do Conseil International des Grands Reseaux Electriques-CIGRÉ e CIGRÉ-Brasil, Centenial Medal do IEEE, Medalha de Mérito Santos Dumont (Aeronáutica), Ordem do Mérito Científico (Comendador), Medalha da Vitória (ex-combatentes poloneses no Brasil), Cruz de Ouro da Ordem de Mérito (Governo polonês).

John Reginald Cotrin

Posse: 1991

Falecimento: 1996

John Reginald Cotrim foi Vice-Presidente e diretor-técnico da Cemig; presidente de Furnas; diretor técnico da Itaipu Binacional. John Reginald Cotrim nasceu em Manchester, Inglaterra, em 1915. Tornou-se brasileiro nato com base na Constituição de 1891. Formou-se engenheiro civil em 1936 pela Escola Politécnica. Iniciou suas atividades profissionais ainda estudante, como calculista de concreto armado para empresas especializadas. Em 1937 ingressou como engenheiro na Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras (Caeeb), empresa do grupo norte-americano American & Foreign Power Company (Amforp). Em 1942 foi para os Estados Unidos onde cumpriu um período de estágio na Electric Bond & Share Corporation (Ebasco), em coordenação e operação de sistemas interligados. De 1943 a 1944 atuou na coordenação dos sistemas elétricos do Noroeste daquele país. Nesse último ano retornou ao Brasil e em 1947 tornou-se colaborador dos trabalhos da Comissão Especial do Plano Nacional de Eletrificação do Conselho Federal de Comércio Exterior (CFCE). No ano seguinte passou a integrar o grupo chefiado pelo engenheiro Lucas Lopes responsável pela elaboração do Plano de Eletrificação de Minas Gerais, permanecendo no mesmo até 1950. Ainda em 1948 tornou-se consultor-técnico da Comissão do Vale do São Francisco (CVSF), função que exerceria até 1951. Participou da organização da Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A. (Cemig). Tornou-se vice-presidente e diretor-técnico dessa empresa, tendo exercido essas funções até 1957. De 1955 a 1956 integrou o Conselho Diretivo e Coordenador Geral dos Trabalhos do Plano de Eletrificação de São Paulo. Integrou e foi coordenador dos grupos de trabalho designados pelo presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956-1961) para revisão da legislação sobre energia elétrica e atualização do Plano Nacional de Eletrificação. Foi um dos fundadores, em 1957, da Central Elétrica de Furnas S. A. (Furnas), e tornou-se o primeiro presidente dessa empresa. No mesmo ano passou a integrar o Conselho de Administração da Cemig, no qual permaneceria até 1978. Durante sua gestão em Furnas foram construídas a Usina Hidrelétrica Furnas, a Usina Hidrelétrica Estreito, a Usina Hidrelétrica Porto Colômbia e a Usina Hidrelétrica Marimbondo, em Minas Gerais, a Usina Hidrelétrica Itumbiara, em Goiás, a Usina Hidrelétrica Funil e a Usina Termelétrica Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e foi iniciada a construção da Usina Termonuclear Angra I, integrante da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ). Juntas, essas unidades passariam a gerar cerca de 7.500 MW, cerca de 70% da potência instalada na empresa. John Cotrim foi também responsável pela construção de uma rede de linhas de transmissão de 5.500 quilômetros de extensão, cobrindo parte importante da Região Sudeste do país. Ainda em 1962 foi eleito presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia (CBCME), cargo que exerceria até 1985. Em 1965 passou a integrar o Conselho de Administração da Centrais Elétricas Brasileiras S. A. (Eletrobrás), no qual permaneceria até 1978. Permaneceu no cargo de diretor-técnico da Itaipu Binacional até 1985, quando se tornou consultor dessa empresa, função que exerceria até o fim da vida. Integrou o Conselho de Administração da Light – Serviços de Eletricidade S.A. (Light) e foi consultor do Conselho para Assuntos de Energia (Coase) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em 1991 foi eleito membro da Academia Nacional de Engenharia (ANE). Faleceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1996.

https://www.memoriadaeletricidade.com.br/acervo/604/john-reginald-cotrim

Jorge Oscar Figueiredo Ferraz

Posse: 1992

Falecimento: 2000

Cadeira: 141

Patrono: Lucas Lopes

José Carlos Figueiredo Ferraz

Posse: 1994

Falecimento: 1994

Cadeira: 79

Patrono: Francisco Prestes Maia

José Carlos de Figueiredo Ferraz nasceu em Campinas (SP) em 1918, filho do engenheiro Odon Carlos de Figueiredo Ferraz e de Julieta Martins de Figueiredo Ferraz.

Fez seus estudos no Liceu Nacional Rio Branco, no Colégio Universitário da Universidade de São Paulo (USP) e no Ginásio São Bento. Tornou-se professor do curso pré-politécnico do Ginásio São Bento em 1937. Em 1940, formou-se em engenharia pela Escola Politécnica da USP e lecionou, como assistente, física, cálculo vetorial e análise matemática na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Bento, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Em 1941 fundou a empresa Figueiredo Ferraz Consultoria e Engenharia de Projetos.

No período de 1941 a 1945 foi engenheiro do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Em 1946 foi convidado para lecionar resistência dos materiais, como assistente, na Escola Politécnica. Em 1948, assumiu a mesma cadeira na Faculdade de Engenharia Industrial da PUC, onde permaneceu até 1951, quando prestou exame para livre-docente da cadeira de pontes e grandes estruturas da Escola Politécnica da USP. Em 1954 deixou o cargo de assistente na Escola Politécnica. Na década de 1950 doutourou-se em ciências físicas e matemáticas e foi ainda catedrático de concreto armado da Faculdade de Arquitetura de São Paulo e professor da Escola de Engenharia Mackenzie. Em 1957 foi secretário municipal de Obras, no governo de Ademar de Barros (1957-1958). Em 1967 tornou-se secretário Estadual de Transportes, no governo de Roberto de Abreu Sodré (1967-1971), permanecendo no cargo até o ano seguinte.

Em 1971 foi indicado pelo governador de São Paulo, Laudo Natel (1971-1975), para ocupar a prefeitura da capital. Durante sua permanência no cargo, ampliou o Plano Urbanístico Básico para abranger a área social do município, modificou a estrutura burocrática da Prefeitura e centralizou o setor de transportes. Foi professor do Instituto Militar de Engenharia (IME), secretário da Associação Brasileira de Concreto Protendido e Urbanismo da USP e membro de várias outras agremiações, como o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), a Sociedade Matemática de São Paulo, a Association Internationale des Ponts et Charpentes, o Grupo de Desenvolvimento do Concreto Protendido, da Inglaterra, e a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos. Dentre as obras de seu escritório técnico de engenharia destacaram-se a Catedral da Sé, o Museu de Arte de São Paulo, o edifício Casper Líbero e estruturas da Cidade Universitária, todos na capital paulista. Faleceu na cidade de São Paulo em 1994.

Fonte: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jose-carlos-de-figueiredo-ferraz

José Lafayette Silviano do Prado

Posse: 1991

Falecimento: 2004

José Laginha Serafim

Posse: 1992

Falecimento: 1994

Laginha Serafim licenciou-se em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa em 1944. Destacou-se como engenheiro da Direcção Geral dos Recursos Hidráulicos (Portugal) em 1946; engenheiro na hidroeléctrica do Zêzere (Portugal). Foi chefe da Secção de Barragens, de 1947 a 1963, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa

Membro da Comissão Internacional das Grandes Barragens, desde 1948, onde ocupou o cargo de vice-presidente entre 1988 e 1991; foi membro de Comissões Técnicas do Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes, nomeadamente da Sub-Comissão do Regulamento de Segurança de Barragens.

Fundou a empresa COBA — Consultores de Engenharia e Ambiente, em 1962 e no ano seguinte, a Consulpresa e posteriormente a ERN — Engenharia de Recursos Naturais, SA, no Rio de Janeiro, Brasil, em 1968.

Também atuou como projetista e consultor.

Joseph Kovács

Posse: 2012

Falecimento: 2019

Cadeira: 109

Patrono: João Martins da Silva Coutinho

Húngaro naturalizado brasileiro, chegou ao país em 1948, recém-formado em engenharia mecânica, considerado melhor aluno da então Escola Técnica Superior do Reinado Húngaro. Seu primeiro emprego foi no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (da cidade de São Paulo), mas sua mudança para o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), no começo da década de 50, que marcou sua carreira e permitiu que seguisse na aviação. No ITA, fez parte do grupo liderado pelo pioneiro da aviação alemã, Hendrich Focke, empenhado no desenvolvimento do Convertiplano, o primeiro avião com decolagem e pouso vertical do mundo.

Do ITA, seguiu para a Construtora Aeronáutica Neiva (hoje grupo Embraer). Lá desenvolveu O T-25 Universal, com inovações importantes para a época, como o motor a turbina para um modelo de treinamento, uma vez que as demais aeronaves utilizavam motor a pistão. Posteriormente, foi para Embraer (São Jose dos Campos), onde permaneceu até sua aposentadoria. Kovács tem mais de 50 aeronaves em seu currículo, embora nem todas tenham sido produzidas em série.

Joseph Kovács faleceu no dia 14 de julho de 2019, e deixa um legado importante para a indústria aeronáutica brasileira.

Juarez Távora Veado

Posse: 1991

Falecimento: 2006

Cadeira: 191

Patrono: Sebastião Sodré de Gama

Juarez Távora Veado (n. 1931- f. 2006) foi presidente do INMETRO (1985-1986), coordenador de planejamento da FINEP e diretor técnico do Instituto Brasileiro da Qualidade Nuclear (IBQN).

O Professor Juarez Távora Veado, foi um cientista de relevo no desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil. Juarez desempenhou cargos de Direção e de Assessoramento na Universidade Federal de Minas Gerais, no Instituto de Pesquisas Radioativas, no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, no Instituto Nacional de Tecnologia, na Secretaria de Tecnologia Industrial, no Instituto Brasileiro de Qualidade Nuclear, na Fundação João Pinheiro e em vários outros órgãos governamentais, tendo contribuído diretamente para a formulação de importantes programas de desenvolvimento científico e tecnológico, como o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – PADCT e o Programa de Tecnologia Industrial Básica – TIB.

Recebeu a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico.

No âmbito acadêmico, foi um dos responsáveis pela estruturação dos Cursos de Pós-Graduação em Metalurgia, no qual lecionou por mais de 30 anos, e em Ciências e Técnicas Nucleares da UFMG. Líder nato, formou e coordenou equipes de especialistas em Controle e Garantia da Qualidade na área nuclear.

Fonte: http://ecen.com/eee55/eee55p/juarez.htm

Júlio Ferry do Espírito Santo Borges

Posse: 1992

Falecimento: 1993

Nasceu em Lisboa, em 1922, e concluiu, em 1945, o curso de engenharia civil do Instituto Superior Técnico, com a mais alta classificação do Instituto nesse ano. Em 1943, ainda aluno do IST, foi colaborador de Manuel Rocha no Centro de Estudos de Engenharia Civil, uma das bases da criação, em 1947, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), onde posteriormente desempenhou várias funções.

A tese que apresentou, em 1954, ao concurso para obtenção do grau de Investigador do LNEC, sob o tema “Dimensionamento de Estruturas”, é um trabalho notável que veio a constituir o quadro orientador de toda a atividade de investigação no domínio das estruturas realizada neste Laboratório Nacional, da qual foi indiscutível maestro e o mais brilhante solista.

Deu contribuições notáveis para o progresso dos conhecimentos na área da Engenharia Sísmica, entre os quais se destaca a participação muito ativa no Simpósio sobre a Acção dos Sismos, organizado pela Ordem dos Engenheiros em 1955, por ocasião do bicentenário do sismo de 1755, no qual foram lançadas as bases para a consideração da ação dos sismos no cálculo das estruturas, constituindo assim o que muitos consideram ser o evento fundador da moderna Engenharia Sísmica Portuguesa. Também o Curso Earthquake Engineering, publicado em 1969, em colaboração com o Investigador do LNEC Artur Ravara, pode ser considerado um marco neste domínio da engenharia.

Foi autor de vários projetos de estruturas de betão armado, construídas em Lisboa, nomeadamente dos edifícios da lota do Porto de Pesca, do Palácio da Justiça, do Teatro Nacional e da sede do Banco Espírito Santo. Participou na organização e regência de vários cursos internacionais.

Foi condecorado em Portugal com a Ordem de Santiago da Espada, no Brasil com a Ordem do Cruzeiro do Sul, e em França com a Ordem Nacional do Mérito. Faleceu em setembro de 1993.

Karlos Heinz Richbieter

Posse: 1994

Falecimento: 2013

Cadeira: 132

Patrono: Júlio Regis Bittencourt

Iniciou sua vida estudantil em colégio de ensino alemão em sua cidade natal, Blumenau. Formou-se no curso de Engenharia civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1952. Passou pela iniciativa privada e ingressou via concurso público ao funcionalismo público na Companhia de Desenvolvimento do Paraná (CODEPAR), estatal recém-fundada como uma empresa de fomento para economia paranaense.

No ano de 1965, Heinz deixou a estatal para continuar em outro emprego de Estado. A convite do economista Roberto Campos, passou atuar como um dos assessores do Instituto Brasileiro do Café (IBC).

Em 1972 foi convidado pelo governador Parigot de Souza para assumir a presidência Banco de Desenvolvimento do Paraná (BADEP), que buscava trazer investimentos estrangeiros para o desenvolvimento do Paraná.

Em 1974, por indicação do então ministro da Educação, Ney Braga, Rischbieter assumiu a presidência da Caixa Econômica Federal, posto que exerceu até fevereiro de 1977. Deixou o cargo de presidência devido o pedido de demissão do ministro da Indústria e Comércio Severo Gomes.

Karlos se tornou Ministro da Fazenda no governo de Figueiredo. Morreu em 2013 aos 85 anos.

Lino José Nunes de Machado

Posse: 2014

Falecimento: 2020

Cadeira: 116

Patrono: Joaquim de Assis Ribeiro

Luciano Brandão Alves de Souza

Posse: 1991

Falecimento: 2018

Cadeira: 88

Patrono: Guilherme Schuch de Capanema (Barão de Capanema)

Nasceu em 5 de julho de 1924, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Filho de Francisco Alves de Souza e Cecília Brandão Alves de Souza, foi diretor-geral da Câmara dos Deputados em um período de grande turbulência política e exerceu com grande distinção o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), tornando-se uma referência para todas as outras autoridades que vieram a exercer o cargo.

Formou-se bacharel em Ciências e Letras em 1942 e no ano seguinte ingressou no curso de Engenharia Civil na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, concluindo no ano de 1947. No mesmo ano em que se graduou, tornou-se engenheiro do Departamento de Estradas e Rodagem (DNER). Trabalhou no órgão até 1955, quando ingressou na Câmara dos Deputados como engenheiro desta Casa.

Foi assessor do Ministério de Viação e Obras Públicas. Em 1964, assumiu o cargo de diretor-geral da Câmara dos Deputados. Em 5 de dezembro de 1977, foi nomeado pelo presidente da República Ernesto Geisel para o cargo de ministro do TCU, onde teve uma participação muito ativa: foi relator das contas do governo da República referentes aos exercícios de 1978 e 1993; eleito vice-presidente do Tribunal em 1980; e por fim presidente de 1981 a 1982.

Como ministro emérito ainda participou (externamente ao TCU) como conselheiro da República nos anos de 1994 a 1997; foi membro e secretário-executivo do Conselho de Administração da Associação das Pioneiras Sociais (Rede Sarah) nos anos de 1994 a 2003. Aposentou-se do TCU no dia 24 de junho de 1994.

Luiz Carlos Pereira Tourinho

Posse: 1991

Falecimento: 1998

Cadeira: 198

Patrono: Trajano Augusto de Carvalho

Luiz Carlos Scavarda do Carmo

Posse: 2008

Falecimento: 2021

Cadeira: 120

Patrono: Jorge Oscar de Mello Flores

Engenheiro de Telecomunicações, mestre e doutor pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pós-doutorado em Física na Universidade de Utah, EUA, o Acadêmico Luiz Carlos Scavarda do Carmo construiu sua carreira na área acadêmica. É com a experiência de mais de quatro décadas como professor, que o vice-reitor administrativo da PUC-Rio defende maior proximidade entre a universidade e as escolas e a valorização dos ensinos médio e técnico.

“Aos 17, 18 anos, o jovem não tem clareza de suas aptidões e interesses, por isso acho que a aproximação das universidades com as escolas é fundamental. Isso permitiria que os estudantes fossem apresentados às carreiras, pudessem descobrir cada uma e fazer a escolha um pouco mais conscientes”, diz o professor, que buscou essa aproximação ao elaborar o PIUES, um programa de difusão da profissão de engenheiro em escolas de ensino fundamental. “Acho esse tipo de iniciativa importante, mas é preciso haver uma troca. A universidade não pode chegar de forma autoritária. É preciso respeito e conhecimento mútuos para haver uma interação de iguais”, diz o Acadêmico Luiz Scavarda, que acredita que a medida diminuiria a evasão no ensino superior.

Sobre a educação superior, o especialista defende o foco também na preparação do jovem para pensar, para desenvolver a capacidade reflexiva e a habilidade para tomar decisões, além da formação profissional. “Hoje, muito do que é discutido no curso de formação pode ser obsoleto quando o jovem se formar. Por isso, é preciso desenvolver habilidades que vão além dos conhecimentos técnicos e teóricos. O estudante precisa saber que é o vetor do seu conhecimento e não pode ficar apenas esperando que o professor ensine, na expectativa de receber tudo pronto”, afirma o Acadêmico Luiz Scavarda, que ocupou o cargo de Decano de Engenharia da PUC-Rio, e participou de um processo de reforma da educação na área de Engenharia no Brasil.

Membro da Academia Pan-Americana de Engenharia, o Acadêmico Luiz Scavarda é também um dos membros-fundadores do programa INOVA, para modernização da Engenharia no Brasil, que tem apoio da Indústria Brasileira representada pela CNI, do Governo, de Associações Civis e inúmeras Escolas de Engenharia. Organizou quatro congressos internacionais sobre Engenharia e publicou mais de 100 artigos, em conjunto com alunos e colegas de trabalho.

Professor Titular da PUC-Rio, é membro ativo do programa “Engenharia para as Américas”, apoiado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que busca fornecer profissionais de alta qualidade para promover o desenvolvimento sustentável com base em tecnologia no hemisfério americano. Em 2014 recebeu o prêmio IFEES Duncan Fraser Global Award, concedido pela International Federation of Engineering Education Societies – IFEES, por suas contribuições na área de Educação em Engenharia.

Luiz Fernando Gomes Soares

Posse: 2011

Falecimento: 2015

Graduado em Engenheira Elétrica-Eletrônica pela PUC-Rio, onde fez o mestrado, Luiz Fernando Soares começou a carreira como professor da universidade em que se formou e atualmente, além de dar aulas no Departamento de Informática, coordena o Laboratório TeleMídia. O pós-doutorado em Ciência da Computação obteve na École Nationale Superieure des Télécommunications, na França.

A escolha pela carreira foi quase uma decisão de última hora já que durante boa parte do curso científico (atual ensino médio) sonhava em tornar-se médico. “Mudei praticamente no último ano, quando me decidi pela área que tinha mais afinidade e escolhi Engenharia. Consegui me realizar profissionalmente”, diz Luiz Fernando Soares que é considerado o pai do middleware Ginga e da linguagem NCL, recomendações ITU-T para serviços IPTV e padrões do sistema ISDB-T de TV digital, adotado em quase toda a América Latina e em outros países.

Especialista em sistemas multimídia e hipermídia; redes de computadores; e TV Digital, orientou quase uma centena de dissertações de mestrado e teses de doutorado e possui vários livros e artigos publicados no Brasil e no exterior. Ao longo da carreira, o professor-pesquisador recebeu diversas homenagens como o Prêmio Newton Faller da Sociedade Brasileira de Computação; Medalha Dom Helder Câmara (“distinção pela atuação pública reconhecida como relevante e expressiva da preocupação com o desenvolvimento social da sociedade brasileira”); Prêmio Oscar Niemeyer de Trabalhos Científicos e Tecnológicos do Crea-RJ; várias vezes premiado como melhor artigo de conferências nacionais e internacionais e convidado como palestrante principal de conferências.

A computação não é a única área de interesse de Luiz Fernando que adora esportes, pratica atividades físicas e aprecia música.

Mário Covas

Posse: 1996

Falecimento: 2003

Mário Covas Júnior (Santos, 1930 – São Paulo, 2001) foi um engenheiro e político brasileiro. Foi o trigésimo governador do estado de São Paulo, entre 1 de janeiro de 1995 e 22 de janeiro de 2001, quando se afastou do cargo em decorrência de um câncer que o acometeu. Como Mário Covas não renunciou ao seu mandato, ele manteve a sua condição de governador afastado até o seu falecimento, em 6 de março de 2001.

Nascido em Santos, Mário Covas era filho de Mário Covas Pérez e Arminda Carneiro Neto. Pelo lado paterno, era neto do espanhol Jesús Covas Pérez e da portuguesa Ana Francisca Rodrigues Estaca. Pelo lado materno, era neto do português Manuel Carneiro Neto e de Rosalina Marques filha de portugueses. Aos catorze anos, mostrou seu interesse pela política, quando disse que queria ser técnico de futebol do time municipal e prefeito da cidade de Santos. Cursou o primeiro grau no Colégio Santista e o segundo grau no Colégio Bandeirantes, de São Paulo. Graduou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP). Foi na USP que iniciou-se a militância política do jovem Covas, que seria eleito em 1955 vice-presidente da União Nacional dos Estudantes.

Formado, Mário Covas trabalhou como engenheiro da prefeitura de Santos até 1962.

Foi governador de São Paulo (1995-2001), prefeito (1983-1986), Senador (1987-1995) e Deputado Federal (1962-1969, 1982-1983).

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Covas

Mário Penna Bhering

Posse: 1991

Falecimento: 2009

Nasceu em Belo Horizonte no dia 24 de maio de 1922. Fez curso superior na Escola de Engenharia de Belo Horizonte. Com a transferência da família para o Rio de Janeiro, prosseguiu o curso na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Formado em 1945, viajou para os Estados Unidos, realizando curso de extensão em Milwaukee, oferecido pela Allis Chalmers, grande fabricante de equipamentos hidráulicos e elétricos. Após dois anos de estágio nos EUA, retornou ao país para trabalhar como representante da Allis Chalmers. Nessa condição, participou da concorrência de venda de equipamentos para a usina de Paulo Afonso, vencida pela Westinghouse.

Em julho de 1965, assumiu pela primeira vez a presidência da Cemig, respondendo interinamente pelo cargo até outubro. Por indicação do governador Israel Pinheiro, foi eleito presidente efetivo no final de março de 1966, em substituição a Celso Melo de Azevedo.

A primeira gestão de Bhering na Eletrobrás durou oito anos, correspondendo em grande parte ao ciclo de crescimento da economia nacional conhecido como “milagre brasileiro”. Entre 1977 e 1983, sob orientação do general José Costa Cavalcanti, participou da condução da obra da Itaipu Binacional, de sua política de suprimentos e dos entendimentos com o diretor geral paraguaio Enzo Debernardi. Foi delegado brasileiro nas negociações tripartites com a Argentina e o Paraguai para definição das características técnicas da hidrelétrica de Corpus e do regime hidráulico a jusante de Itaipu.

Em março de 1983, convidado pelo governador de Minas, Tancredo Neves, tornou-se presidente da Cemig pela segunda vez.

Em 1992, reassumiu a presidência da Memória da Eletricidade. Entre 1994 e 2006, atuou também como diretor e consultor da BFB Engenharia e Consultoria Ltda. Faleceu em Belo Horizonte no dia 1° de setembro de 2009.

Maurício Medeiros de Alvarenga

Posse: 1991

Falecimento: 2017

Cadeira: 140

Patrono: Leopoldo Américo Miguez de Mello

Maurício Medeiros de Alvarenga foi chefe-adjunto do Departamento de Manutenção da Refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, nos anos de 1963 e 1964. Juntamente com Orfila Lima dos Santos liderou na Petrobras o Grupo Executivo de Obras Prioritárias (GEOP) que tratou de projetar e construir um grande conjunto de instalações nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais que compreendeu uma refinaria em Paulínia, uma refinaria de óleos lubrificantes no Rio de Janeiro, a duplicação do oleoduto Rio-Belo horizonte, e a duplicação da refinaria de Cubatão.

Ao término dos projetos, em 1972, foi criado um novo Serviço de Engenharia – SEGEN – do qual Maurício foi o primeiro chefe. Pode-se considerar o SEGEN como um bom herdeiro do GEOP.

Um excelente trabalho sobre as perspectivas da indústria do petróleo no Brasil foi escrito em 1998/1999 por Maurício com a importante participação do acadêmico da ANE José Fantine.

Sua trajetória de vida representa um grande exemplo, tanto pelo legado material para a empresa que ele ajudou a construir com seu trabalho eficiente e de alto nível, como pela postura ética sempre presente nas ações de que participava como profissional, mas também pelo apreço ao lado humano de todos com quem se relacionava. Nele jamais predominava o individualismo, mas sim o espírito de coletividade.

Fonte: ANE. Texto sobre original de Fernando A. R. Sandroni

Máximo Borgo Filho

Posse: 2014

Falecimento: 2020

Cadeira: 144

Patrono: Luiz Carlos Pereira Tourinho

Milton Vargas

Posse: 1991

Falecimento: 2011

Engenheiro, professor, filósofo e escritor, Milton Vargas dedicou 47 anos de sua vida ao IPT, que foi um dos alicerces de sua trajetória múltipla. Ingressando no Instituto como assistente-aluno em 1938, deixou definitivamente o IPT em 1988, quando saiu do Conselho de Orientação, aos 74 anos.

Como engenheiro e professor, Milton desenvolveu um trabalho pioneiro em mecânica de solos, sendo o primeiro no Brasil a tratar de argilas residuais. Foi também grande divulgador dos solos tropicais brasileiros no exterior, produzindo conhecimento inédito sobre o assunto.

Milton Vargas foi um dos pioneiros da Mecânica de Solos no País, deixando grandes contribuições ao desenvolvimento nacional (1914 – 2011)

Milton foi também filósofo, escritor e historiador, conjugando como poucos tecnologia e humanismo. Como docente da Escola Politécnica da USP, introduziu o ensino de Humanidades para os futuros engenheiros. Publicou obras de referência sobre filosofia e história da ciência e da tecnologia, e suas atividades como escritor e crítico literário renderam-lhe uma cadeira na Academia Paulista de Letras.

Suas contribuições mais significativas para o desenvolvimento nacional incluem estudos de solos e fundações para importantes obras de engenharia, como: as pontes sobre os rios Tamanduateíe Tietê; o Edifício Altino Arantes, conhecido como o Prédio do Banespa; as Avenidas São João e Ipiranga, na capital paulista; a rodovia Anchieta; os aeroportos de Curitiba, Congonhas, Cumbica e Base Aérea do Distrito Federal; a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN. Além disso, destacam-se os estudos para a a construção de grandes hidrelétricas do país, como Jupiá, Ilha Solteira, Paulo Afonso, Porto Primavera, Ilha Grande e Tucuruí. Milton Vargas faleceu em 2011, aos 97 anos.

Fonte: http://www.iea.usp.br/pessoas/pasta-pessoam/milton-vargas

Noberto Odebrecht

Posse: 1991

Falecimento: 2014

Cadeira: 91

Patrono: Henrique de Novaes

Nascido em 1920 na capital de Pernambuco, Recife, principal centro econômico do Nordeste brasileiro. Cinco anos mais tarde o seu pai, Emílio Odebrecht, se mudaria para Salvador, na Bahia, área metropolitana promissora para o mercado da construção civil, pois demandava obras de infraestrutura. Com 15 anos, iniciou contato com a construtora de sua família. Cursou o CPOR de Salvador na turma de 1941, arma de Artilharia. Após se formar na Escola Politécnica da Bahia, fundou em 1944 a empresa de construção que deu origem ao que é hoje a Organização Odebrecht, sediada na capital baiana. Ele era bisneto de Emil Odebrecht, um engenheiro alemão geodésico e cartógrafo, que emigrou para o Brasil em 1856.

Após algumas décadas no mercado, a empresa tornou-se um conglomerado que atua em todos os continentes e emprega mais de 180 mil pessoas em 23 países ao redor do globo.

Levando a tradição do pai na área de engenharia, concreto armado e construção civil, Norberto construiu uma das maiores fortunas do país. Este fato o transformou no 9º homem mais rico do Brasil, segundo a edição brasileira da revista Forbes.

Faleceu em 2014.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Norberto_Odebrecht

Octávio Galvão Ramos

Posse: 1992

Falecimento: 2005

Página em construção.

Octávio Reis de Catanhede Almeida

Posse: 1993

Falecimento: 2004

Cadeira: 145

Patrono: Luiz Catanhede de Carvalho Almeida

Página em construção.

Osires Stengel Guimarães

Posse: 1993

Falecimento:

Cadeira: 169

Patrono: Napoleão João Baptista Level

Cursou engenharia na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ocupou vários cargos públicos no Paraná e outros estados brasileiros, como superintendência do DNER, Rede Ferroviária Federal, Porto de Paranaguá.

Seu primeiro trabalho foi na prefeitura de Curitiba como Topógrafo. Na prefeitura, após terminar a faculdade foi contratado como engenheiro. Posteriormente, chegou ao cargo de diretor do Departamento de Material e de Urbanismo na época do prefeito Ney Braga.

Trabalho na antiga Rede Viação Paraná-Santa Catarina. Na década de 60, assumiu o Departamento de Água e Esgoto. Em 1968, foi para o Rio de Janeiro onde atuou na direção do Plano Nacional do Carvão, além de alguns trabalhos na área de saneamento.

Voltou ao Paraná, nos anos 70, onde ocupou o cargo de secretário de Viação e Obras Públicas, no governo Parigot de Souza. Também trabalhou como Secretário de Transporte do Estado. Em 1985 foi presidente da Rede Ferroviária Federal e foi superintendente do Porto de Paranaguá.

Paulo Cesar Teixeira Trino

Posse: 1993

Falecimento: 2017

Cadeira: 82

Patrono: José Carlos Gomes Freire de Andrade

Página em construção.

Paulo Ferreira de Souza Filho

Posse: 1991

Falecimento: 2015

Cadeira: 4

Patrono: Paulo Ferreira de Souza

Formou-se em engenharia na Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil, hoje UFRJ em engenharia civil (1952) e Eletrotécnica (1958). Trabalhou na Companhia Telefônica Brasileira como Engenheiro de Tráfego Telefônico de 1953 a 1954.

Foi membro titular fundador da Academia Nacional de Engenharia, diretor da Serete S.A. Engenharia de 1969 a 19712, membro do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica

de 1954 a 1960 e engenheiro Consultor de BROWN & ROOT Ultramar Ltda desde 1965.

Paulo Guilherme Aguiar Cunha

Posse: 2014

Falecimento:

Cadeira: 157

Patrono: Mariano Procópio Ferreira Lage

Nasceu no Rio de Janeiro em 1º de março de 1940, filho de pai militar e mãe professora primária. Formou-se em engenharia industrial mecânica na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. (PUC-RJ). Começou sua vida profissional na Petrobras no início da década de 1960, em que ingressou por meio de concurso público.

Em 1967, Paulo Cunha se transferiu para o Ultra, a convite de Pery Igel, então presidente da empresa. Atuou então na Ultrafértil, na área de desenvolvimento de fertilizantes, e colaborou na criação da Petroquímica União.Foi o principal formulador da criação da Oxiteno, hoje maior fabricante de óxido de etenol e seus derivados na América Latina.

Em 1973, Paulo Cunha foi alçado a vice-presidente do Ultra e em 1981, tornou-se presidente. Poucos anos mais tarde, tornou-se acionista da companhia, em virtude de plano de concebido por Pery Igel para alinhar os objetivos de criação de valor dos acionistas e de seus principais executivos, Igel outorgou ações do Ultra a esses executivos, vinculadas a um compromisso de permanência de vinte anos na companhia.

Em 1998, Paulo Cunha foi convidado e recusou o convite para ser o ministro do Desenvolvimento, durante o governo FHC.

Apesar de sua posição de destaque, o executivo sempre foi extremamente discreto e limitou sua aparição a raras palestras técnicas e raras entrevistas. Em 2007, deixou a presidência executiva do Ultra para se dedicar à presidência do Conselho de Administração.

Como presidente executivo e presidente do Conselho de Administração, até 2006, liderou a abertura de capital do Ultra, em 1999, e iniciou uma série de aquisições que consolidaram a liderança da Ultragaz no mercado brasileiro de gás LP. Iniciou a expansão internacional da Oxiteno, que levou a empresa à posição de líder no mercado latino-americano. Em 2007, transferiu a presidência executiva a Pedro Wongtschowski.

Como presidente do conselho, liderou a criação de duas novas áreas de negócios no Ultra, com as aquisições de Ipiranga e Extrafarma. Em 2011, anunciou a migração das ações da companhia para o Novo Mercado da BM&F Bovespa, o segmento da bolsa brasileira exclusivo para as companhias com mais altos padrões de governança corporativa.

Paulo Teixeira da Cruz

Posse: 2017

Falecimento:

Cadeira: 173

Patrono: Odair Grillo

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Presbiteriana Mackenzie(1957), mestrado em Engenharia Civil pela Massachusetts Institute Of Technology(1960), doutorado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo(1964), pós-doutorado pela University of California System(1972), pós-doutorado pela University of London(1972) e pós-doutorado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil(1991).

Ao longo de 60 anos de carreira, publicou mais de 40 artigos e dois livros. Atuou como consultor de mais de uma centena de obras importantes, especialmente barragens, construiu vasta experiência no meio acadêmico, e participou de inúmeros eventos técnicos no Brasil e no mundo.

Atualmente é Prof.Dr. da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Engenharia Civil. Atuando principalmente nos seguintes temas Solos Compactados.

Placidino Machado Fagundes

Posse: 1991

Falecimento: 1996

Cadeira: 10

Patrono: Allyrio Hugueney de Mattos

Placidino Machado Fagundes nasceu em 1918. Eng. Civil formado pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil em 1942. Foi professor do CEPERN – OEA 1961, do IME e da UERJ. Chefe de Departamento de Cartografia do Inst. Geociências da UERJ (1971/1981);

Presidente da Sociedade Brasileira de Cartografia – SBC – (Jul./1965/Jul./1969), assessor da Comissão Nacional de Atividades Espaciais para Assuntos de Sensoriamento Remoto – (Set./1966/1972); membro da comissão Nacional de Planejamento e Normas Geográfico – Cartográfico – (Out./1968/Dez./1980); representante do Brasil no Comitê de Cartas Cadastrais do Instituto Pan-Americano de Geografia e História – IPGH – (1970/1973), presidente da Associação Nacional de Empresas de Aerolevantamento – ANEA – (1979-Jul./1983) Pres. da SBC – 1987/1989); Presidente da Academia Nacional de Engenharia – (1994).

Fonte da consulta:

http://www.eng.uerj.br/prof/26

Rinaldo Campos Soares

Posse: 2007

Falecimento: 2013

Página em construção.

Roberto Silveira

Posse: 1994

Falecimento:

Cadeira: 153

Patrono: Manoel Carneiro de Souza Bandeira

Página em construção.

Sérgio Valle Marques de Souza

Posse: 1991

Falecimento: 2002

Cadeira: 45

Patrono: César de Sá Rabello

Página em construção.

Sydney Martins Gomes dos Santos

Posse: 1991

Falecimento: 2007

Cadeira: 14

Patrono: André Pinto Rebouças

Página em construção.

Tércio Pacitti

Posse: 1991

Falecimento: 2014

Cadeira: 43

Patrono: Casimiro Montenegro Filho (Marechal do Ar)

Tércio Pacitti foi um dos pioneiros da Computação do Brasil e um de seus maiores expoentes. Nascido em 1928 na cidade de Piracicaba, formou-se no ITA, em Engenharia Aeronáutica, em primeiro lugar da turma, em 1952. Fez seu Mestrado (1961) e Doutorado (1971) no Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação da Universidade da Califórnia em Berkeley.

Foi Reitor do ITA de 1982 a 1984; idealizou, concebeu e criou a Engenharia da Computação, que é curso que não está associado a uma única Divisão Acadêmica do ITA, o que caracteriza flexibilidade no ensino e interdisciplinaridade de áreas do saber.

No Comando da Aeronáutica, como Oficial General, teve como seu último posto a chefia da Diretoria de Engenharia, em 1986 e 1987, época em que também presidiu a ADESG. Foi presidente do Conselho de Informática do Estado do Rio de Janeiro de 1987 a 1990. Pertencia à Academia Nacional de Engenharia e era consultor científico da presidência da Consist.

No final da década de 60 atuou junto à Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Departamento de Cálculo Científico da COPPE, tendo sido seu primeiro chefe. Aquele departamento posteriormente passou a ser o reconhecido Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) da UFRJ. No final do ano de 2010 o NCE/UFRJ passa a se denominar Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais.

O Maj. Brig. Pacitti foi detentor de altas condecorações, dentre essas: Medalha do Mérito Santos Dumont; Grande Oficial da Ordem do Ipiranga do Estado de São Paulo; Ordem do Mérito Militar, Grande Oficial, da Força Aérea Brasileira; Ordem do Mérito Militar, Grande Oficial, do Exército Brasileiro, Ordem do Mérito Militar, Grande Oficial, da Marinha do Brasil, Ordem do Mérito da Engenharia Militar, Ordem do Mérito das Forças Armadas, Grande Oficial, do Estado Maior das Forças Armadas, Ordem Rio Branco do Ministério de Relações Exteriores, Medalha Inconfidência do Governo do Estado de Minas Gerais, Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro; Cidadão Honorário do Estado do Rio de Janeiro, Membro Titular da Academia Nacional de Engenharia; Grã Cruz da Ordem do Mérito Científico da Presidência da República do Brasil.

Fonte: http://www.ita.br/noticias/majorbrigadeiroengenheirotrciopacitti

Túlio Romano Cordeiro de Mello

Posse: 1991

Falecimento: 2003

Cadeira: 156

Patrono: Marcelino Ramos da Silva

Tullio Romano Cordeiro de Mello nasceu em Recife, Pernambuco, em 1924. Filho de Augusto Cordeiro de Mello e Maria Bertina Cordeiro de Mello. Formou-se engenheiro mecânico-eletricista pelo Instituto Eletrotécnico de Itajubá, em 1949.

Começou sua carreira na Fábrica Nacional de Motores – FNM. Trabalhou em seguida na Hadan Engenharia Ltda., tendo participado, nessa empresa, do projeto de iluminação pública da cidade de Bela Vista e da elaboração de orçamentos e especificações técnicas para a reconstrução da Usina Hidrelétrica Casca II, em Cuiabá, entre 1951 e 1952. Na mesma época, trabalhou na F. A. Ditll Engenharia Ltda., de 1951 a 1952, e na Automáticos Elétricos Ltda., de 1951 a 1954, sendo que, nessa última empresa, tomou parte na construção da central geradora termelétrica da Usina Barcelos e do estudo para recuperação da barragem da Usina Hidrelétrica Aiuroca.

Em 1954, transferiu-se para a Deerns Planejamento e Engenharia S.A., subsidiária da Advies Bureau P. W. Deerns N. V. e da Nederlandsch Bureau voor Engenieurswerke, ambas com sede em Haia, Holanda, tornando-se seu diretor executivo, entre 1957 e 1960. Nessa empresa, dirigiu o Projeto de Via Navegável Tibagi-ParanapanemaParaná-Ivinheima-Brilhante, entre 1954 e 1959. Em 1960, foi contratado pela Rio Light S.A., onde vários cargos até 1979.

De 1976 a 1978, exerceu o cargo de diretor da Brascan Administração e Investimentos Ltda. – BAI. Com a compra da Light pela Eletrobras, em 1979, passou a diretor de Planejamento Empresarial da companhia, de 1979 a 1982. Em 1982, foi consultor da Vice-Presidência da Eletricidade de São Paulo S.A – Eletropaulo. Retornou à Light em 1984. Assumiu a presidência da empresa em maio de 1985, em substituição a Luiz Oswaldo Norris Aranha. Permaneceu no cargo até abril de 1990.

Tullio Cordeiro de Mello faleceu no dia 30 de maio de 2003, na cidade do Rio de Janeiro.

Fonte: https://www.memoriadaeletricidade.com.br/acervo/382/tullio-romano-cordeiro-de-mello

Victor Froilano Bachmann de Mello

Posse: 1991

Falecimento: 2009

Cadeira: 173

Patrono: Odair Grillo

Nascido em Goa, na Índia Portuguesa, em 1926, Victor Froilano Bachmann de Mello estudou em colégio inglês. Aos 18 anos, mudou-se para Boston (EUA). Formou-se em Engenharia Civil e, em 1946, concluiu o Mestrado com a tese “Resistência ao Cisalhamento de Argilas”. Em 1948, tornou-se Doutor em Geotecnia. Em 1949, Mello veio ao Brasil e aqui construiu uma carreira de sucesso e criou suas raízes. Mello lecionou em três das principais universidades paulistas. Na Universidade Mackenzie, foi professor da Escola de Engenharia e da Faculdade de Arquitetura. Dirigiu a Escola de Engenharia do Mackenzie de 1961 a 62. Ingressou em 1951 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Universidade de São Paulo, onde foi professor catedrático até 1988. Mello foi professor titular da Escola Politécnica, da Escola de Engenharia de São Carlos e da Faculdade de Geociências – todas as três da USP. Introduziu novas disciplinas na FAAP (Universidade Fundação Armando Álvares Penteado). Exerceu ainda a função de Professor Sênior Visitante da pós-graduação (1966/67) no Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Com sua experiência e competência, Victor participou da construção de alguns dos mais importantes projetos de engenharia no país, como as barragens Foz do Areia, Pedra do Cavalo e Tucuruí, entre outras. Esteve presente nos projetos na Rodovia dos Imigrantes, Ferrovia do Aço, nas obras geotécnicas dos aeroportos de Confins, Galeão e Manaus e, ainda, em refinarias e fábricas de aço e alumínio, como Açominas, Albrás e Alunorte.

Victor de Mello foi sócio fundador do Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB) e membro da Sociedade de Engenheiros Civis de Boston. Presidiu a Sociedade Internacional de Mecânica dos Solos e Engenharia Geoténica de 1981 a 85.

Fonte da pesquisa: https://galeriadosgoesesilustres.blogs.sapo.pt/281-victor-froilano-bachmann-de-mello-69101.

Witold Piotr Stefan Lepecki

Posse: 1991

Falecimento: 2023

Cadeira: 72

Patrono: Francisco de Assis Magalhães Gomes

O brasileiro/polonês Acad. Witold Piotr Stefan Lepecki chegou ao Brasil aos 3 anos junto com a família que veio refugiada da segunda Guerra Mundial. Aqui, foi parar em Belo Horizonte (MG) onde cresceu. Cursou Engenharia Civil na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e fez também especialização em Ciências e Técnicas Nucleares. Após concluir a graduação, foi para a França fazer doutorado ,na Universidade de Paris, em Física de Reatores.

De volta ao Brasil, retornou a Belo Horizonte e foi trabalhar na chefia da área de reatores nucleares no Instituto de Pesquisas Radioativas. Na década de 70, foi convidado para trabalhar na Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e, em seguida, na sua subsidiária Companhia Brasileira de Energia Nuclear (CBTN), no Rio de Janeiro. A empresa recebeu, entre outras, a incumbência de planejar e executar um programa nuclear para o Brasil, daí resultando um amplo programa industrial, tendo como parceiro e transferidor de tecnologia a Alemanha.

O Acad. Lepecki participou de várias etapas deste empreendimento, tendo inclusive sido diretor de uma subsidiária da NUCLEBRAS na Alemanha. Retornando ao Brasil, em 1979, passou a integrar a NUCLEN, a subsidiaria dedicada à engenharia das centrais nucleares projetadas e construídas conjuntamente com os alemães, a começar de Angra 2 e 3.

Em 1997, Acad. Witold Lepecki passou para a recém-criada Eletronuclear onde ficou até se aposentar em 2001. Atualmente, é consultor na área de energia nuclear. De acordo com o especialista, a fonte nuclear, apesar de ser a forma mais segura de gerar energia, sofre com o desconhecimento e a falta de informação da sociedade. “Ela enfrenta muitos opositores, em função do medo que gera. As pessoas associam reatores à bomba. Mas tecnicamente essa é a forma mais segura de gerar energia elétrica. Os acidentes com emissão de radiação foram pouquíssimos: Chernobyl, na Ucrânia, e Fukushima, no Japão, mas as pessoas se sentem à mercê. O avião, estatisticamente, é a forma mais segura de viajar, mas ninguém acredita…”, diz.

Para o Acad. Lepecki, o país precisa investir mais na fonte nuclear. “O Brasil tem uma matriz energética baseada na matriz hidráulica, mas os locais aproveitáveis estão terminando. As usinas que tinham para ser construídas já foram; então devemos criar uma nova forma de energia que seja limpa. A energia solar e a eólica são boas, mas são energias intermitentes e não de base como a hidráulica. Grandes potências, como França e Estados Unidos, estão adotando a energia nuclear como energia de base, limpa e econômica. O Brasil, acho, está atrasado na implantação de centrais nucleares”, afirma o especialista, ressaltando, no entanto, que o atraso a que se refere é em número de usinas e não em termos técnicos: “Nossas usinas estão operando muito bem. Angra 2 está entre as 10 melhores usinas do mundo, o que significa que os brasileiros assimilaram muito bem a tecnologia . Metade da energia elétrica do Rio de Janeiro é nuclear. Temos o ciclo completo da energia nuclear no Brasil. Temos capacidade de projetar e de operar e também dispomos do combustível nuclear. A reserva brasileira de urânio é a 6ª do mundo. Não há porquê não investir no setor”, finaliza.

Walter Arno Mannheimer

Posse: 1991

Falecimento: 2024

Cadeira: 83

Patrono: Fritz Feigl

Nasceu no Rio de Janeiro em 1932. Formou-se Engenheiro Químico pela Universidade do Brasil (atual UFRJ), e obteve o Mestrado e Doutorado em Ciência dos Materiais pela Carnegie-Mellon University. Após uma década de atividade industrial, ingressou em 1967 como docente na UFRJ, aposentando-se em 2002.

Foi Chefe do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais nos períodos 1967-1974 e 1992-1994, e nomeado Professor Titular por concurso em 1993. De 1974 a 1991 foi Chefe do Departamento de Materiais do CEPEL – Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás. Suas áreas de pesquisa são microscopia dos materiais, materiais de interesse do setor elétrico e corrosão, tendo mais de 75 trabalhos publicados. Ministra as disciplinas de Caracterização Microestrutural dos Materiais e Microscopia dos Materiais.

É membro da Academia Brasileira de Ciências, e Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Recebeu em 2002 o Sorby Award da International Metallographic Society.